A nova ponte (promessas), a ser construída parece um jogo de empurra-empurra, do que enfrentar de vez o que tem que ser feito.

Uma hora, a decisão é de ser construída ligando do largo da Nova Brasília ao Cristo, e não faltou propaganda com o vereador Alisson Mendonça, engenheiros, secretário e etc., com direito a foto na Praia do Cristo e publicada em diversos órgãos de comunicação da Bahia.

Outra hora, já aparece à deputada Ângela Souza, também ladeada pelo senhor Cícero Monteiro, o prefeito e o vice. Tiram fotos, publicam na imprensa, e dizem que vão consultar a população aonde realmente seria a melhor opção desta tão necessitada 2ª ponte Ilhéus/Pontal.

O estranho disso tudo, é que as poucas obras realizadas em Ilhéus, nunca consultaram a população, tanto faz a nível municipal, estadual ou federal, e o maior exemplo disso, tai o DPT, que está sendo construído a “toque de caixa”, num lugar totalmente impróprio.

Então, porque só agora o povo deve ser ouvido? Mudaram-se as atitudes governamentais e realmente querem ouvir o povo? Ou é simplesmente mais uma maneira de “empurrar com a barriga”? Pois, como sabemos, uma consulta popular neste momento vai gerar pra mais de mil opiniões, e aí fica muito fácil para o governador, que o problema da construção não é dele, e sim, do povo, que não chega a um denominador comum.

Ora, uma construção de uma ponte desta envergadura e de uma complexidade que envolve muitos fatores técnicos de engenharia, fica óbvio que o mais correto é uma decisão técnica, e não do povo.

Vamos deixar bem claro, que não somos contra a consulta popular, pois somos democratas, mas o que se percebe neste caso, que a consulta ao povo é uma maneira de prolongar a sua construção.
O próprio governador anunciou que INICIA a construção da ponte, antes do término da administração do prefeito Newton Lima. O que quer dizer com isto? Vão empurrar isto até próximos das eleições municipais, para servir de carro-chefe, para eleição daquele candidato escolhido pelo governador, e isto só deve ocorrer lá pra agosto de 2012.

Se o candidato do governador não se eleger, quem garante a continuação das obras? Pois, isso é visto quase todos os dias no país inteiro, e o maior exemplo disto, tai na vizinha cidade de Itabuna com seu Centro de Convenções jogado às traças, por não ser uma obra da continuidade de um político do mesmo partido.

Ainda baseado nessa hipótese, quem não se lembra que em 2010 na campanha política para governador, o tema mais explorado além da ponte foi a duplicação da estrada Ilhéus/Itabuna. Foram audiências intermináveis e consulta a sociedade organizada, e a briga era: Se a estrada seria duplicada no seu trecho atual ou se faria uma nova pista margeando o outro lado do rio. Alguém sabe da decisão final? Alguém vê falar mais na duplicação? Claro que não, todos já foram eleitos.

Então, mais uma vez acreditamos que se as coisas não saírem aos moldes da política de 2012, teremos que esperar, esperar. Esperar…

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Rezende