Quem faz o percurso diariamente pela ponte Lomanto Junior, está sem entender até o momento o que a prefeitura quer fazer na cabeceira da ponte sentido Pontal/Centro.
A bendita “obra”, se é que se pode assim chamar, começou no ano passado.
Aumentaram o grau da curva, até aí tem algum sentido. Mas como foi um projeto sem pé e nem cabeça, esqueceram do passeio e da estrutura da ponte e, principalmente, dos tubos de serviços que passam sob a mesma.
Moral da história: não serviu de nada o alargamento da curva, até para os ciclistas a coisa piorou.
Arrebentaram o passeio, descobriram os tubos de serviços, colocaram de novo as pedras soltas no lugar e pra quem atravessa a ponte andando está o perigo em pisar em falso e provocar um acidente.
Como ninguém em sã consciência sabe qual a pretensão da prefeitura naquele local, fico aqui no meu cantinho matutando umas coisinhas.
Como é que uma prefeitura que dispõe em seu quadro de pessoal de engenheiros, arquitetos e arquitetas, urbanistas e demais técnicos com formação acadêmica permite que seja iniciada uma obra num ponto estratégico da cidade de uma maneira tão desordenada, sem nenhum projeto, sem visualizar o alcance da medida?
Não dá pra acreditar. Não tenho nada pessoalmente contra os nossos técnicos entendidos em desenvolvimento urbano, mas pelo menos deveriam dar algum pitaco alertando de como deveria ser feito o serviço, pois como está parece que abriram o buraco no lugar errado e não estão sabendo tapar.
A emenda saiu pior que o soneto. Derrubaram o jardinete que de alguma forma disciplinava o trânsito, principalmente das contramão no sentido da Avenida Princesa Isabel e Alto da Conquista, e agora a bagunça está liberada, pode-se descer, atravessar, subir, voltar, enfim, o que os motoristas acharem melhor em fazer. Assim é bom demais.
E esses problemas estão espalhados por toda a cidade. Cita-se a interminável Avenida Canavieiras, a Rua Sá Oliveira, o estacionamento na praia da Avenida Soares Lopes, ponto de receptivo dos navios ao lado da concha acústica e por aí vai.
O que traz uma séria preocupação é que todas estas iniciativas tiveram um custo financeiro e, pela raridade de recursos públicos, como apregoa o nosso alcaide, muito dinheiro foi jogado literalmente fora e pelo ralo.
E agora o que fazer? A quem apelar? Pior é que a partir de julho muitas dessas iniciativas sem planejamento irão compor a campanha eleitoral do partido do senhor alcaide.
Nós não merecemos, muito menos nossa linda por natureza e maltratada cidade de São Jorge dos Ilhéus.
Que me desculpe os Jorges, o Figueiredo, o Amado, o Guerreiro, parafraseando o discurso da missa da discórdia.
ZÉCARLOS JUNIOR