De todas as profissões e sobre todas, e do radialista merece a nossa admiração, carinho e respeito pelo seu trabalho corajoso, pelo seu dedicado jeito de agradar aos seus ouvintes e admiradores como nós brasileiros.

Como é importante essa dedicada presença sempre de hora a hora, minuto a minuto, muitas vezes incompreendida, e que é vivida para devaneio de quantos sintonizam a sua emissora predileta, e nesse trabalho rítmico, criam uma delicada alegria a todos os seus ouvintes diante de uma pontualidade sem trégua.

O que esses agentes da divulgação radiofônica fazem é tão humano que não se constitui nenhum privilegio de ninguém. Pertence unicamente à nossa coletividade que se deslumbra pelas músicas que ouvem e as notícias informativas, deixando as pessoas atualizadas no País em que vive, e agradece a Deus a existência de tão nobre classe profissional.

Observamos que ao fazer a música para o seu almoço, não o diz para quem e para quantos. E assim fazem uma manifestação intensa em que a refeição dos seus ouvintes seja repleta de harmonia de forma salutar.

O seu poder imenso de penetração nas imensas camadas sociais vai alcançando a suntuosidade das mais ricas mansões às menores e humildes choupanas. E não importa cutículas ou tempestades, os dias primaveris ou noites frias, mesmo assim não se afastam dos seus amáveis ouvintes.

E quando nos momentos de refúgio e de lazer sempre nos voltamos para um programa radiofônico, no aconchego das nossas residências, onde a solidão aparece, eis que de repente surge um homem que permanece no iluminado posto, calmamente na sua humildade, num magnífico trabalho generosamente humano.

O radialista na sua sublime tarefa de nos proporcionar a beleza da música, a utilidade da sensacional divulgação sobre as modas dos vestuários e na orientação sobres as constantes criações das notícias variadas, fazendo com que ao sairmos de casa, nos deixam informados sobre as situações do trânsito, a qualidade do tempo em suas previsões, e dessa formar somos agraciados pelos grandes benefícios que devemos à tenacidade com que se empenham esses heróis da divulgação pelo rádio, com seus programas também educativos, religiosos, sociais, humorísticos e esportivos, tudo em tempo pré-estabelecidos, sem solução de continuidade na programação determinada!

Que bom à existência da imprensa falada que é bem mais difícil de lhe imprimir diretrizes próprias de sua natureza em complexidade, mormente, nas cidades do nosso imenso interior onde o elemento humano especializado se faz sentir, por vários motivos.

Por tudo isso ressalta aos nossos olhos, cobrem os nossos corações de intensa alegria e reconhecimento, a figura notável do heroico radialista, não importando em que lugar esteja, basta apenas que se encontre no exercício da sua fascinante função, tão cheia de sensibilidade artística e emotiva.

E quem já não sentiu a chama dessa maravilhosa sensação de se estar num paraíso de intensas emoções, quando uma simples cortina musical nos acalenta na doce fragilidade das alvoradas mal despertadas? De um sonho de semi-inconsciência? E a voz amiga que não descansa sempre renovada em sua expressão se faz ouvir suavemente, como num sussurro nos dizendo: bom dia, boa tarde, boa noite meus caros ouvintes! São os autores das boas novas, anunciando que o mundo gira e que não estamos sozinhos nos dias que estão passando por nossa vida, nas tardes estaremos deslumbrando o ocaso do sol e acalentando a serenidade do nosso sono nas madrugadas da vida. Deus abençoe sempre e dê muitas alegrias aos nossos maravilhosos radialistas.

Eduardo Afonso – (73) 8844-9147 – Ilhéus-Bahia