JORGE VIEIRA / CEPLAC EM 30 ARTIGOS (VII)
REALIZAÇÕES E HISTÓRIA DA CEPLAC – 1957 – 2014
1978 – CEPLAC E O APOIO
AO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Dia bom para as instituições regionais e para a população que delas recebem benefícios. O Secretário Geral da CEPLAC, José Haroldo Vieira, acaba de assinar vários convênios, oferecendo, em nome da CEPLAC o prestígio, o reconhecimento e o apoio financeiro a organismos que, mesmo lutando com muitas dificuldades, dão às populações algo de que elas carecem.
A maioria destes convênios é para instituições de saúde – hospitais, casas de saúde ou de beneficência a menores e a velhos abandonados ou sem família. No entanto, dois dos convênios assinados são de grande alcance e importância para o desenvolvimento da região. Embora nem todos, “mesmo os que podem”, cooperem com a nossa Universidade de Santa Cruz, a maioria é unanime em defendê-la e senti-la como o expoente ou futuro expoente da cultura regional.
O certo é que estamos todos dentro dessa linha de pensamento. A região deve ter sua Universidade e esta deve ser uma das melhores ou das mais eficientes e, o mais importante, ela deve estar voltada para os problemas básicos da região sul da Bahia.
Pois bem, um dos convênios de apoio e colaboração financeira à FUSC visou o inicio de um agressivo programa de atualização e aperfeiçoamento dos professores das várias Escolas.
Neste convênio, está prevista a possibilidade de formação de novos professores, preparando um grupo para atuar em regime de tempo integral na FESPI e para oportunizar a reciclagem de outros professores na sua área de conhecimento.
A aprovação de novos cursos na FESPI exigirá, por certo, o preparo de novos professores; as novas técnicas de metodologia de ensino, a utilização de auxílios visuais ou outros meios e técnicas que estão à disposição nos grandes centros e nas grandes Universidades, deverão ser conhecidas e aprendidas pelos professores da instituição de ensino superior, pequena e iniciante como a nossa.
A cooperação da CEPLAC para esta idéia, surgida nos enlaces contínuos com a FESPI, certamente levará a uma evolução no ensino universitário, já por muitas vezes reclamado pelos estudantes. Entre o crescimento numérico de estudantes e a qualidade do ensino, há que se estabelecer um limite, que vise capacitar àquele que realmente tem potencial e interesse, com uma aprendizagem realista, técnico-científica e dentro do estágio de desenvolvimento econômico-social do Brasil.
A empresa denominada Universidade deve representar um centro de cultura e conhecimentos práticos, científicos e realistas, à disposição daqueles que aí buscam “saber” para uma utilização na vida profissional.
Entre o ensino estéril, inútil e a aplicação prática do exercício de cada profissional, está a capacidade do professor que, aqui em nossa FUSC deve ser conhecedor e participante dos reais problemas econômicos, sociais e culturais da região sul baiana.
Melhor que qualquer um, eles devem saber dos diferentes aspectos da problemática política institucional, dos recursos naturais, humanos e financeiros existentes, e especialmente, devem ter a visão do futuro regional e do papel que os profissionais de amanhã irão desempenhar.
Só assim estaremos educando para o futuro, sem distribuição de prêmios ou diplomas. E a força latente dos jovens estará realmente atuando no processo de desenvolvimento regional, na produção de benefícios para toda a população.
Esta é a idéia, apoiar e contribuir para o aperfeiçoamento dos professores da FUSC. Esperamos que ela seja bem aceita e saibam, aqueles envolvidos, aproveitar ao máximo, em benefício da formação de nossa elite profissional futura.
Sobre outros convênios de grande importância, falarei amanhã.
Ilhéus – 28-04-78
Jorge Raymundo Vieira, Eng. Agrônomo, MS – aposentado da CEPLAC.
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