A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) está divulgando alerta aos produtores de cacau, chamando a atenção para a poda fitossanitária que antecede a aplicação do biofungicida Tricovab. A primeira aplicação do Tricovab deve ser feita um mês após a retirada da vassoura-de-bruxa (veja abaixo).

 

Assim, como a data ideal para essa primeira aplicação é o mês de maio, a poda dos galhos infectados deve ser feita a partir do início de abril.  O Tricovab deve ser aplicado sobre o material infectado – galhos e frutos – resultado dessa poda. Ao todo, serão quatro aplicações do biofungicida, nos meses de maio, junho, julho e agosto.

De acordo com o chefe do Serviço de Pesquisa da Ceplac, José Marques Pereira, esses são os meses mais úmidos do ano na região sul da Bahia, o que favorece tanto a produção de cacau quanto a do fungo da vassoura-de-bruxa, o Moniliophthora perniciosa. “Por isso devemos fazer esse trabalho coordenado, de poda e aplicação, nos meses ideais”.

Mais chuva, mais vassoura

As chuvas que caíram na região durante o verão foram muito boas para a produção, mas também favorecem a proliferação do M. perniciosa. O índice de comprometimento da produção pelos ataques de vassoura-de-bruxa giraram, no ano passado, em torno de 5%. “Com essas chuvas, o  prejuízo causado pela doença deve alcançar uma média de 11.3% da produção, segundo o setor de Socioeconomia da Ceplac, que faz a previsão de safra”, explica Marques.

E é justamente devido a essas condições favoráveis ao fungo que o produtor deve atentar para o pacote tecnológico ofertado pela Ceplac, a fim de garantir maior eficácia contra as doenças que se beneficiam dessa maior umidade, como a vassoura-de-bruxa e a podridão parda.

No caso específico do controle da vassoura-de-bruxa com o Tricovab, a Ceplac recomenda, por exemplo, a utilização de cacaueiros geneticamente melhorados com resistência à vassoura; remoção de material infectado por meio da poda fitossanitária; aplicação do Tricovab, sobre o material removido e deixado na serrapilheira; e aplicação de produtos químicos para a proteção dos frutos em desenvolvimento.

O produtor deve adquirir o Tricovab junto aos escritórios locais da Ceplac ou na Unidade de Biocontrole da Ceplac, em sua sede regional, na BR-415, quilômetro 22 – rodovia Ilhéus-Itabuna.

Jornalista da Sueba – Superintendência da Ceplac na Bahia

Domingos Matos

Fotos: Águido Ferreira

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Assessoria de Comunicação da Ceplac