Senão vejamos o que seja:
Vice-Prefeito é o segundo em exercício no cargo do executivo municipal.
Passa a ser o substituto do prefeito em caso de ausência por licença ou outro impedimento do titular de ofício.
No meio das composições e coligações é o escolhido para facilitar e compor a chapa eleitoral.
São impressionantes os acordos, as projeções políticas, por sinal mais do interesse dos partidos do que propriamente do município, que antecedem o processo eleitoral, até aí a figura do VICE está inclusa no contexto, depois das eleições tudo é relegado ao último plano e quem manda mesmo é o alcaide eleito e ponto final.
Acredito que a maioria dos ilheenses conhece muito bem as histórias dos nossos vices, muitos serviram apenas para subir ao palanque durante as campanhas, logo após tem como primeiro ato entrar em atrito com o prefeito e daí passar a não fazer mais nada.
Eis o perfil de um vice:

– Ao assumir o cargo, além do título, assume também o salário.
– Normalmente e também na maioria das vezes, após a posse do prefeito, tem a primeira rusga e termina aí a sua participação no governo que ajudou a construir.
– Também pode ser aproveitado para representar o prefeito em eventos de só menos importância, que não representam nenhum interesse para o alcaide.
– Não delega, não influi, não decide e não manda em nada.
– Gosta de fazer indicações e doar empregos aos amigos e eleitores.
– É o primeiro a cortar relações políticas com o alcaide, depois disso, passa a ser oposição.
– Não gosta de assumir nenhuma secretaria, pois assim fazendo estará diretamente subordinado ao prefeito, passa a ser um servidor público.
– Poderá ser considerado um perigo para a cidade caso o titular seja afastado por algum motivo grave, tipo uma cassação.
– Prefeito que se preza não dá colher de chá para que o vice assuma, é a mesma coisa que colocar a raposa pra tomar conta do galinheiro, quanto mais longe melhor.
– É um gasto desnecessário aos cofres públicos, pois além do salário, tem as despesas do gabinete, a distribuição de contratações temporárias e outras coisitas que fazem parte das suas “atribuições”.
– A maioria dos vices tem a prerrogativa de receber o salário e ficar no seu cantinho fazendo apenas parte do processo que gerou a posse do prefeito.
– Outros vices, quando acham que está sendo um entrave para o prefeito e tem sua honradez atingida, pedem desligamento do cargo. Será que já aconteceu um caso desse na nossa cidade? Coloquemos a memória pra funcionar.
Posso estar contra os eruditos, os filósofos, os cientistas políticos, mas afinal pra que serve mesmo o VICE?

VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEQUÊNCIA
ZÉCARLOS JUNIOR