LONDRES 2012
A crítica ao desempenho brasileiro nos jogos
Tem muita gente comentando o desempenho brasileiro nos Jogos. Esperavam mais, embora a maioria nem saiba o que significa esse “mais”. Hoje a UOL publicou um comentário de Neto, compentarista de futebol, dizendo que precisamostirar o presidente do COB Nuzman do cargo, que viajar com 500 atletas e trazer meia duzia de medalhas, palavras dele, é absurdo. Para começar, Neto não sabe nada do assunto e deve ficar no futebol onde conseguiu se estabelecer como comentarista após carreira de jogador que não o levou ao ponto máximo que´é uma carreira internacional vitoriosa e um título mundial.
A questão olímpica é muito mais profunda. Não somos um país que tem a cultura esportiva. Só para se ter uma idéia, aqui em Londres são 22 canais abertos transmitindo olimpíada, com amplo acesso a toda população. No Brasil um canal aberto transmite e os outros são pagos, sem acesso à grande maioria do nosso povo. Quando o maior canal do Brasil transmitia a olimpíada não acompanhava ao vivo as competições que aconteciam no horário das novelas, assim como continua a nos fazer acompanhar jogos após as 22 hs. Quem vai levar um filho em São Paulo ou Rio de janeiro para chegar em casa após as 2 horas da manhã, quando não é mais tarde? O mesmo canal, para não fugir da programação, transmite reprise de eventos esportivos como se fosse ao vivo! Como criar uma cultura espotiva quando grande parte do nosso povo está privado dos grandes momentos que vêm acontecendo em Londres? Como incentivar os jovens a se tornarem atletas se estes crescem acompanhando novelas e programas de auditório?
Graças a Deus teremos na Olimpíada de 2016, mesmo a fórceps, a chance de trazer o esporte para perto do nosso povo. Mesmo que isso aconteça em apenas uma cidade, já será um grande avanço. Precisamos nos unir, trabalhando e fiscalizando para que tudo ocorra da melhor forma e o legado persista. Assim estão fazendo os moradores de Londres. Não podem nos ver nas ruas parados por um momento para tentar dar informação ou fazer com que possamos chegar onde queremos ir. Ontem entrei rapidamente em um ônibus e, já dentro, lembrei que estava sem o tícket. Falei com o motorista, perguntando se podia comprar ali dentro. Este disse ser impossível, mas nos levou ao destino sem problemas.
Nossos atletas estão conseguindo grandes resultados em Londres, embora alguns não estejam atendendo à expectativa, que nem sempre é baseada no desempenho dos atletas no último ciclo olímpico, que é o que vale. Temos um grande desafio, o de tentar fazer, em 2016, uma grande olimpíada. E não se trata apenas dos resultados em medalhas Neto! Tentar dobrar as 15 medalhas de Pequim é uma meta audaciosa! Fazer da nossa Olimpíada um sucesso é o verdadeiro objetivo!
Estratégia de Bruno Prada e Robert Sheidt não deu certo, e só veio o Bronze
A tentativa de agredir na última regata deste domingo para tentar chegar ao ouro não funcionou, e Robert Scheidt e Bruno Prada ficaram apenas com o Bronze. A tentativa de superrar os britânicos Iain Percy e Andrew Simpson na classe Starainda piorou a posição dos brasileiros, que foram superados pelo barco da Suécia. Os suecos ainda tiraram o ouro dos anfitriões. Mesmo assim, Sheidt, o maior medalhista da história olímpica do Brasil traz mais um bronze para seu repertório de conquistas. Eu, particularmente, esperava essa medalha de ouro de Sheidt e Bruno, mas estou satisfeito com mais um bronze.
Brasil classificado no handebol
Ainda preocupado com a derrota para Rússia o Brasil fechou sua participação na chave feminina de handebol com vitória e classificação. O time, que agora é treinado pelo dinamarquês Morten Soubak, fez 29 a 26 na Angola e depende de outros resultado para terminar a fase classificatória na liderança do Grupo A.
Etíope bate recorde olímpico na maratona.
A etíope Tiki Gelana bateu as quenianas e foi ouro na maratona dos Jogos de Londres. Neste domingo, curtimos com emoção, debaixo de uma chuva fina e gelada, uma prova sensacional, onde a etíope cravou 2h23min07, novo recorde olímpico, e conquistou a inédita medalha de ouro para seu país.
Muito boa a árticipação da única representante do Brasil na maratona feminina, Adriana Aparecida da Silva. O tempo de 2h33min15 e a 47ª posição não representam o que foi essa performance. Adriana chegou e, esperamos bastante até que todas as outras atletas chegassem, muitas de altíssimo nível, deixadas para trás pela brasileira. Valeu Adriana!
Alberto Barretto Kruschewsky
Professor Ms. Educação Física
DCS/Universidade Estadual de Santa Cruz/Uesc
(36323956/99667204)
Professor Ms. Educação Física
DCS/Universidade Estadual de Santa Cruz/Uesc
(36323956/99667204)