:: ‘Falaê’
Legião da Boa Vontade (LBV).
Liderança nova
por Paiva Netto


Paiva Netto
Há dez anos, ao acompanhar pela Super Rede Boa Vontade de Rádio, a partir da AM 1210 kHz, o programa “Bolo com Pudim” (apresentado por crianças da Legião da Boa Vontade e dirigido ao universo infantil), senti-me motivado a entrar ao vivo na programação e propor aos meninos e meninas da LBV um desafio: a criação de um fórum para que essa novíssima geração pudesse discutir e apontar soluções para os principais problemas que preocupam os pequeninos. É velha a minha assertiva de que quem pensa que criança é boba é que é bobo.
Compartilho aqui alguns trechos desse meu improviso naquele memorável 22/2/2003:
Quero fazer-lhes uma proposta. É algo que considero importante. O que vemos hoje em toda parte? Uma tremenda ganância, e vocês são a primeira vítima. É aquilo que afirmei em 2/3/1996, ao inaugurar no Rio de Janeiro o Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV, e que foi destacado pela revista IstoÉ: A criança geralmente apenas devolve aquilo que a sociedade lhe proporciona. Se a sociedade lhe oferecer lixo, em geral ela vai devolver-lhe lixo, mas, se der Amor — que significa Fraternidade, Solidariedade, Compaixão —, vai ser mais bonita de Espírito e de rosto. Portanto, a minha preocupação, como disse numa palestra em Brasília/DF, no lançamento da Operação Jesus, em 25/3/1995, é a de abrir caminhos para uma liderança nova. As Instituições da Boa Vontade têm de se apresentar ao mundo com a sua face decisiva de realizações. Jesus espera isso de cada um de nós. Ele revelou: “Vós sois deuses. Eu voltarei ao Pai, vós ficareis aqui na Terra, portanto, podereis fazer muito mais do que Eu” (Evangelho segundo João, 10:34 e 14:12). Milagre não é só salvar a pessoa que sofre de uma doença incurável no corpo. Principalmente, é fazer sarar os Espíritos, mostrar a eles a iluminação que possuem. Vocês têm merecimento diante do Pai Celestial, ó novíssima geração!
Maria Regina Canhos em: A mulher e suas muitas faces
Mais um dia internacional da mulher… A cada ano avançamos em reflexões acerca dessa que é singular e multifacetada. Decantada e amaldiçoada ao longo dos anos pelos homens e pelas próprias mulheres, a mulher tem se fortalecido enquanto pessoa que luta por reconhecimento e respeito, embora nem sempre assuma condutas que lhe assegurem tais condições. São ensaios de acertos e erros, banhados em lágrimas de alegria e tristeza. Sem dúvida, a maior parte das mulheres é emotiva e apresenta labilidade de humor. Conseguem habilmente mudar de opinião, de uma hora para outra, confundindo a linha de raciocínio de qualquer um. Incompreendidas por muitos, revelam alternadamente o seu lado meigo e perverso, principalmente quando estão reféns da famigerada TPM.
A verdade é que, esquivar-se do contato feminino corresponde a empobrecer o dia a dia. As mulheres em geral são bonitas, perfumadas, cheias de charme e sensualidade. Podem ser novas ou maduras, mas guardam segredos passados de geração em geração, e que normalmente têm relação com a maternidade. Você pode até se perguntar: o quanto isso me interessa? E nesse caso, devo lembrar-lhe que se está vivo entre nós, é porque teve ao menos uma mulher na vida, a sua mãe!
As mulheres são guerreiras natas. Donas de tenacidade ímpar e capacidade de suportarem as situações mais adversas. Constroem castelos diários que muitas vezes desmoronam ao cair da tarde, quando os companheiros chegam embriagados e violentos ou altivos e distantes. A humilhação faz parte do contexto de muitas delas, assim como a precariedade financeira. Se algumas vendem carinhos, certamente o fazem porque existe quem pague para lhes usar o corpo das formas mais abjetas e inimagináveis. A necessidade, sem dúvida, colabora para que muitas vivam sem esperanças num futuro melhor.
Mesmo lutando contra tantas adversidades as mulheres se superam a cada dia e se posicionam como provedoras de seus lares, mantendo, por vezes, além dos filhos o próprio consorte. Mais que um rostinho bonito, a mulher é agente transformador onde quer que esteja; espalhando compaixão e misericórdia pela face da terra. Erros existem, é claro; mas, onde não os há? No entanto, servem para aprimorar o caráter daquelas que ousaram enfrentar o mundo e sua crueza. A todas as mulheres o meu reconhecimento, o meu abraço, o meu carinho, e os votos de um feliz dia internacional da mulher!
Maria Regina Canhos (e.mail: contato@mariaregina.com.br) é escritora.
Legião da Boa Vontade (LBV).
Combate à violência contra mulheres e meninas
por Paiva Netto

Paiva Netto
Celebramos o Dia Internacional da Mulher em 8 de março, contudo, nada nos impede de tocar no assunto em qualquer ocasião. Defendo sempre que dignificar a mulher é valorizar o homem. Provê-la do apoio necessário, com o acesso à educação de qualidade, a um sistema eficiente de saúde e segurança, é dever do Estado e compromisso de todos nós. O respeito e uma boa orientação material e espiritual às mulheres lhes possibilitam atingir o grau de excelência nas atribuições que exerçam, por exemplo, no papel de mãe generosa, devidamente preparada para formar cidadãos dignos. Cabe aqui repetirmos o pensamento do educador norte-americano Charles Mclver (1860-1906): “Se você educar um homem, educa um indivíduo; mas, se educar uma mulher, educa uma família”.
Na abordagem desse tema, de interesse geral, com muito prazer trago-lhes trecho da entrevista que a ilustre dra. Maria do Rosário Nunes, ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), concedeu no Templo da Boa Vontade, em Brasília/DF, em 22 de janeiro deste ano. No ensejo, ela comandou um ato ecumênico em prol da tolerância religiosa, assinando, juntamente com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, a portaria de criação do Comitê Nacional de Diversidade Religiosa.
Ao discorrer sobre o 8 de Março, especialmente para a revista “Boa Vontade Mulher”, declarou:
O ano da contabilidade
por Antoninho Marmo Trevisan*
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) lançou uma campanha muito oportuna para as empresas, a economia, o setor educacional e acadêmico e toda a sociedade. Trata-se do projeto 2013: Ano da Contabilidade no Brasil. Objetivo é informar sobre os serviços prestados pelos profissionais do setor e conscientizar sobre a sua importância para o desenvolvimento socioeconômico do País.
A grande missão da contabilidade, desde o seu grande difusor, o frei Luca Bartolomeo de Pacioli, que registrou o sistema das partidas dobradas pela primeira vez em livro, é estabelecer a figura da responsabilidade no trato da coisa pública e privada. Este elementar princípio, que ele descreveu em 1494, basicamente instituiu uma nova ordem econômica, que indicava ser impossível que uma pessoa pudesse aplicar um recurso sem ter a sua origem definida e calculada. Quando não se respeitam tais pressupostos, tende-se a montar orçamentos que não fecham, contas que não batem e empresas e países que quebram.
No Brasil, a contabilidade floresce e se posiciona como atividade cada vez mais relevante. Trata-se de fator decisivo para atribuir credibilidade aos setores público e privado, criando base importante de sustentação para nosso crescimento econômico. Por isso, é fundamental a formação de novos contadores altamente capacitados no plano técnico e conscientes de seu papel no processo de desenvolvimento nacional.
Maria Regina Canhos Vicentin em: Família
A vivência e o amadurecimento por vezes nos levam a questionar aquilo que tínhamos como certo. Graças a Deus, sou uma pessoa flexível e aberta ao novo; caso contrário, jamais poderia vir a me beneficiar com o que a vida pode me ensinar. Tenho mudado o meu conceito de família. Por muitos anos acreditei que a família deveria ser composta por pai, mãe, filhos, avós, tios, primos… Hoje não penso mais assim! Percebi que existem os componentes consanguíneo e afetivo, e que nem sempre eles coincidem na mesma pessoa. Além disso, outra coisa que descobri é que o componente afetivo costuma ser muito mais precioso e importante que o da consanguinidade.
É comum encontrarmos famílias onde imperam desavenças, desrespeito, humilhações, violência… Crianças criadas como se fossem um problema a ser resolvido. Cônjuges suportando-se mutuamente num casamento de aparência. Pais coagidos diante da tirania de seus adolescentes. Tudo isso existe e se perpetua em nome da manutenção da “família”. Resultados advêm obviamente: pessoas traumatizadas, depressivas, descrentes, amedrontadas… Tudo em prol da conservação de uma situação vista como a mais favorável, satisfatória, religiosa e socialmente adequada.
Rosana Braga em: VOCÊ OUVE OS SINAIS QUE A VIDA MANDA?
Lembre-se de uma situação bem desagradável que já aconteceu com você! Talvez uma traição num relacionamento, uma mentira descoberta, uma briga grave ou algo assim. Agora, sem abusar do lugar de vítima, tente retroceder esse acontecimento na memória, como se fosse um filme que pudesse ser rebobinado em câmera lenta.
A ideia é que você perceba que antes do “caldo entornar” ou “da porca torcer o rabo” ou do pior ter acontecido, alguns sinais foram dados. Se você reparar bem, nada acontece da noite para o dia, ou do nada, como muitos preferem acreditar. Além disso, tudo o que faz parte da nossa história, sempre inclui a nossa participação, de uma forma ou de outra. Ou seja, nunca somos somente passivos. Há algo de nós que está ativo em qualquer circunstância e que precisa ser considerado se quisermos aprender alguma coisa. Nem que seja como não cometer o mesmo erro infinitas vezes.
O fato é que a vida sempre nos manda dicas, sinais, avisos sobre estarmos ou não estarmos no caminho certo. Mas, geralmente, ignoramos, não estamos atentos. Simplesmente insistimos no mesmo, no cômodo, no conhecido. E quando dá errado, imediatamente vestimos a carapuça de vítimas. Vítimas do outro, da injustiça do mundo, do raio que o parta. Nunca vítimas de nós mesmos, das armadilhas que nós mesmos armamos contra nossa chance de ser feliz.
Archimedes Marques em: O CRACK DO OIAPOQUE AO CHUÍ
Disseminada por todo o país a mais avassaladora das drogas, o crack, já causa problemas no sistema de saúde de 64% das cidades brasileiras, conforme atesta a Confederação Nacional de Municípios. O crack invadiu grandes e pequenas cidades, periferias e lugares de baixa a alta classe social, municípios, povoados, zona rural e já chegou até às aldeias indígenas transformando os seus tristes usuários em espécie de zumbis ou mortos-vivos.
De poder devastador e parecendo sobrenatural, o crack sempre vicia a pessoa quando do seu primeiro experimento e o que vem depois é tragédia certa. Crack e desgraça são indissociáveis e quase palavras sinônimas. O crack é a verdadeira degradação humana.
A fórmula oficial do crack divulgada pelos Estados Unidos da América é bem menos agressiva do que a falsificada no nosso país,ou seja, tal produto é formado por meio de uma mistura da pasta base da folha da coca ou cloridrato de cocaína com bicarbonato de sódio, entretanto no Brasil, fornecedores e traficantes para obterem maiores lucros financeiros recriaram o mal para pior. São adicionados para recompor a fórmula maligna e cruel do crack a cal virgem, a amônia, o ácido sulfúrico ou soda caustica que é para deixar a pedra meio tenra e o querosene ou gasolina para dar a combustão ao preparado químico final. O crack é fumado através do cachimbo, latinha ou outra parafernália parecida. Assim, a fumaça altamente tóxica do crack que mais se assemelha a cheiro de pneu queimado ao ser aspirada por si só já demonstra o extremo malefício que causa ao organismo do seu usuário.
Só tem um jeito de fazer valer a pena!
Por Rosana Braga
Penso que qualquer coisa que nos propomos a fazer precisa valer algo de bom. Precisa servir para algum crescimento, alguma evolução, mínima que seja. Assim, de atitude em atitude, de escolha em escolha, vamos desenhando a pessoa que de fato desejamos ser!
Felizmente, muitas leituras, músicas, conversas e até filmes terminam servindo para fortalecer essa minha crença e mostrar que realmente “é preciso saber viver”. Quando assisti “O Poder Além da Vida” pela primeira vez, fiquei encantada com a forma que esta mensagem é transmitida no filme. Baseado numa história verídica, o roteiro conta sobre um ginasta em crise existencial que encontra um amigo, uma espécie de mestre, com quem aprende lições fundamentais para seu amadurecimento.
E numa das melhores cenas, o mestre diz ao rapaz algo mais ou menos assim: se quer fazer a sua vida valer a pena, precisa aprender a responder três perguntas e vivenciar essas respostas. São elas:
– Onde você está? AQUI!
– Que horas são? AGORA!
– Quem é você? ESTE MOMENTO!
Quando você está vivendo, seja qual for a situação, estando de fato “aqui”, “agora” e sendo inteiramente “este momento”, é impossível não valer a pena, simplesmente porque você estará conectado com a única existência real – o presente!
Eckhart Tolle, autor do livro “O Poder do Agora” também dissertou de forma incrível e imperdível sobre como fazer sua vida valer a pena. E eu, seguindo minha linha de estudos e trabalho, escrevi o “FAÇA O AMOR VALER A PENA”, na tentativa de nos relembrar o quanto temos sofrido por razões inventadas, por dificuldades desnecessárias e, assim, impedido nossa própria felicidade e a de outras pessoas.
Maria Regina Canhos Vicentin em: O papa coragem
“E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16, 18).
Assumo publicamente que desde o início simpatizei com o papa Bento XVI e que, de 2005 (quando assumiu o papado) até 2013 (quando anunciou sua renúncia), essa admiração só aumentou. Que homem corajoso! Que amor profundo pela Igreja! Meus cumprimentos Joseph Ratzinger pela humildade e agudo discernimento em relação aos sussurros inefáveis do Espírito Santo em meio a balburdia que tomou conta do Vaticano. Coragem de ser o cordeiro de Deus moderno, sacrificando-se para expiar os pecados de um corpo eclesial dividido, assombrado pela hipocrisia religiosa, individualismos, vaidades, desavenças por espaço, prestígio e poder. Haja fôlego para conviver com tantos complôs, corrupção e intrigas; tanta sujeira na Igreja.
Já no início de seu papado, Bento XVI pediu: “Rezai por mim, para que eu não fuja, por receio, diante dos lobos”. E ele não fugiu! Retirou o véu negro que encobria os padres pedófilos e, se os mesmos não foram punidos com maior rigor, tal se deu somente porque muitas decisões do papa foram ignoradas num flagrante desrespeito à sua autoridade. Em reportagem de Léo Gerchmann, do jornal Zero Hora (Porto Alegre – RS), o teólogo Érico Hammes cogitou até a possibilidade de alguns discursos do papa “terem sido manipulados com a introdução de palavras indevidas”.
Maria Regina Canhos Vicentin em: Abandono
Este ano de 2013 está sendo particularmente rico para mim em termos de experiências vivenciais. Algumas temáticas que acompanho há tempos por conta do meu trabalho no judiciário puderam ser analisadas com maior amplitude em razão de acontecimentos incômodos, como um assalto do qual fui vítima mês passado e também a sensação de abandono vinculado a um momento familiar. Nalguma ocasião prometo lhes contar sobre o assalto, porque neste instante prefiro me reportar à sensação de abandono que, inclusive, está presente agora.
Nos últimos vinte anos atendi inúmeras mães que optaram entregar seus filhos em adoção. Também atendi dezenas de crianças que tiveram de aprender lidar com a sensação de abandono oriunda dessa decisão materna. Situações, às vezes, traumáticas; outras mais brandas, mas sempre dolorosas e angustiantes em função do sentimento inicial de desamparo e desproteção. Pois bem, descobri que qualquer pessoa pode efetivamente se sentir abandonada mesmo que em tese não tenha sido.
É provável que muitos já estejam afirmando: – Nossa; ela descobriu o óbvio! Isso porque essa situação não é tão incomum, e muitos experimentam tal sentimento ainda que cercados de pessoas, inseridos numa família, junto de seus pais e irmãos biológicos… Mas, confesso, nunca tinha me sentido assim pessoalmente; então, desculpem-me por descobrir o óbvio somente agora, com quase cinquenta anos.
O contador é um profissional estratégico, e não um maquiador de balanço
*Luiz Fernando Nóbrega
O profissional da contabilidade vem se firmando cada vez mais como um parceiro imprescindível na gestão das empresas. Todo o trabalho intelectual e estratégico na decisão de escolher qual o regime tributário mais adequado para o perfil da empresa e entender todas as portarias, resoluções e instruções normativas que são publicadas, quase que diariamente, requer a orientação de um profissional antenado com o cipoal legislativo brasileiro, capaz de enlouquecer qualquer executivo, brasileiro ou estrangeiro.
Aquele profissional conhecido por preencher e pagar guias de recolhimento de impostos não existe mais. Tanto o contador como o técnico em contabilidade estão assumindo, cada vez mais, posições estratégicas dentro de uma companhia. É da responsabilidade destes uma parte crucial da gestão e da saúde de uma empresa. Um bacharel em Ciências Contábeis atua em diversas áreas, como auditoria, perícia judicial ou extrajudicial e controladoria. Também pode trabalhar, assim como o técnico, na elaboração de orçamento financeiro, consultoria e assessoramento fiscal-tributário, custos e planejamento gerencial, análise das demonstrações contábeis, em avaliações de bens patrimoniais, entre outras. O profissional da contabilidade é, também, fundamental em assuntos como constituição, incorporação, cisão, fusão ou liquidação de empresas.
Maria Regina Canhos Vicentin em: A importância de viver cada dia
Ficamos comovidos e chocados com a tragédia ocorrida na boate de Santa Maria (RS) e que vitimou mais de duzentos e trinta jovens. Em sua maioria, universitários, até então com expectativa de futuro promissor. Desolados, os pais, irmãos e parentes, tentam compreender como uma coisa dessas pode acontecer; e mais, como Deus pode permitir que tal ocorresse. São questionamentos naturais, e que sempre acontecem quando somos surpreendidos por momentos trágicos. A dor só poderá ser superada com o tempo, e nada mais há que se fazer senão lamentar a sucessão de equívocos que poderiam ter sido evitados caso nossa humanidade não nos autorizasse a errar e cometer deslizes, por vezes, fatais e irreversíveis. Seguir-se-ão dias difíceis, em que procuraremos culpados para a tragédia, como se isso pudesse confortar o coração da perda de nossos entes queridos. Aos de fora, uma lição a ser aprendida e meditada: precisamos viver cada dia!
Normalmente, temos nossos filhos diariamente ao alcance de nossas mãos e olhos, mas interagimos pouco com eles. Quase não perguntamos sobre suas vidas e deixamos que fiquem horas e horas conectados à internet, trancados em seus quartos, na rua com seus amigos… Temos os filhos e, ao mesmo tempo, não temos. Não desfrutamos da sua companhia. Não acompanhamos o seu dia a dia. Quando um episódio lamentável nos surpreende, como uma doença, um acidente ou a morte, então é que verificamos ter deixado de viver muita coisa com eles. Usualmente, dada à idade, esperamos morrer antes, adoecer primeiro, mas nem sempre é assim. Por isso temos de aproveitar cada segundo ao lado de nossos filhos, desfrutar ao máximo da companhia deles, viver cada dia consciente de que pode ser o último, então, precisa ser bem vivido.