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CEPLAC, UMA RELIGIÃO?

Luiz Ferreira da Silva, 85

Pesquisador aposentado e “sócio fundador” do CEPEC, 1963.

Seu Luiz, como assim o chamávamos por ser mais velho, motorista da turma de solos (Pedologia), ao se aposentar – um dos primeiros – fez um gesto simbólico ao beijar o chão, antes de transpor os umbrais da sede da CEPLAC.

Provavelmente, baseou-se no Papa João Paulo II, que tinha o hábito de beijar o chão de um país tão logo pisasse, como uma maneira de expressar seu amor e respeito pelo país e o seu povo.

Esse gesto do modesto servidor expressava sua gratidão àquela Casa que o acolhera e ali se sentira feliz em prestar sus serviços, enviando provavelmente um recado aos que ficaram: – “CEPLAC, Escola, Lar, Provedora”.

É preciso entender como foi edificada essa Instituição para se mensurar o visgo em mão dupla: Instituição versus servidor. O sentimento via dever profissional; o comprometimento com o cacau; o respeito ao homem do campo; a bandeira da excelência.

Brandão, primeiro secretário-geral, implantou um tal de espírito de corpo, incutindo-nos uma filosofia de solidariedade e lealdade ao grupo, colocando a organização na mira do trabalho profícuo. Zé Haroldo, subsequente Diretor-Geral, cravou o decálogo profissional. Paulo Alvim, Diretor científico, trouxe o mote do aperfeiçoamento. E o colega, líder extensionista, Ubaldino Dantas Machado, movimentava sua turma, com a palavra parceiro, hoje em moda.

Vale a pena registrar a importância do Banco do Brasil neste contexto, cujos funcionários cedidos transportaram os princípios éticos e de proficiência profissional da sua organização de origem, tida como de excelência.

Também, de relevância, o produtor de cacau, financiador por muitos anos, através da taxa de retenção, recursos estes gerenciados com probidade, possibilitando o retorno de bens para toda região cacaueira.

Em 2017, mesmo distante, organizei com apoio de outros colegas de Salvador, um Encontro, oportunidade que homenageamos a CEPLAC com um livro. Foi tão profícuo, que repetimos a dose em 2018, com um tributo a José Haroldo, registrado em outro livro.

Muitos se fizeram presentes, deslocando-se de Ilhéus, Itabuna, Maceió, Belém, Brasília, não pelos meus olhos, mas pelo sentimento ceplaqueano, diferentemente, talvez, se fôssemos apenas colegas de uma instituição qualquer.

No ano que vem, 2023, 60 anos da fundação do CEPEC (Centro de Pesquisas do Cacau), oportunidade a um terceiro Encontro. Vale pensar com muito carinho!

Pelo exposto, concluo que a CEPLAC é uma RELIGIÃO; e os que se formaram nela, uma ruma, como diz o bom baiano, de ABENÇOADOS. (Maceió, 19 de abril de 2022)

 

 

 

 

 

 

4 respostas para “CEPLAC, UMA RELIGIÃO?”

  • Odoaldo Vasconcelos Passos says:

    Você tem razão Luiz, a CEPLAC representa para mim, uma escola. Dava orgulho pertencer aos seus quadros de funcionários. Nela eu formei a minha vida profissional e criei um vínculo tão forte, que a considerava a minha segunda família.
    Com 20 anos de idade, eu ingressei na CEPLAC, como datilógrafo, para atender a demanda de contratos de empréstimos dos agricultores de cacau, dentro do Programa de Recomposição de Dívidas, tendo em vista a grande crise econômico-financeira, motivada quebra de safras, falta de chuvas, e preços internacionais baixos para o produto cacau, que assolava a Região Cacaueira da Bahia e Espírito Santo. Naquela época, a CEPLAC tinha apenas 05 anos de criada pelo Presidente Juscelino Kubitschek. Éramos poucos funcionários entre os cedidos pelo Banco do Brasil, e os demais contratados pela própria CEPLAC.Foram 27 anos de grande aprendizado, de muito trabalho, de muita responsabilidade, e de muito amor a causa. Nela eu cresci profissionalmente, e cheguei ao cargo de Técnico de Planejamento e Administração II. É muito triste para nós que demos uma vida àquele Órgão, ver a atual situação em que se encontra nos dias de hoje. É extremamente lamentável!

  • LUIZ FERREIRA DA SILVA says:

    Escrevi essa crônica com o intuito de resgatar uma Instituição modelo da minha época. É preciso que as novas gerações saibam da sua magnitude em tempos idos que, infelizmente, sucumbiu à estupidez de pessoas despreparadas.

  • Manoel Tourinho says:

    ENQUANTO 1 CEPLACEANO VIVER, A CEPLAC NÃO MORRERÁ. QUANDO TODOS SE APONSENTAREM E O ULTIMO APONSENTADO MORRER, ENTÃO A CEPLAC MORRERÁ, PORQUE ELA VIVE NOS NOSSOS CORAÇÕES E NA NOSSAS MENTES. SOB A LIDERANÇA DE COLEGAS COMO LUIZ FERREIRA A LUZ-GUIA DA CEPLAC CONTINUA A CONDUZIRNOS NO CAMPO DE BATALHA: ESCREVEMOS, REUNIMOS,AGITAMOS, DENUNCIAMOS. A LUZ-GUIA NÃO DEIXA NOSSAS VOZES SILENCIAREM CONTRA A MAIOR DAS INJUSTIÇAS QUE A CLASSE POLITICA E O PODER PUBLICO FEDERAL,
    DE SARNEI A BOLSONARO, FEZ CONTRA A MAIS NOBRE DE TODAS AS ORGANIZAÇÕES PUBLICAS CRIADAS NESSE PAÍS. A IDEIA DOS 60 ANOS DO CEPEC EM 2023, MERECE SER ACOLHIDO POR TODOS. ATÉ BREVE. MANOEL TOURINHO.

  • LUIZ FERREIRA DA SILVA says:

    Odoaldo e Tourinho e tantos outros, chamas vivas ceplaqueanos.Vamos que vamos!!!

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