Isaac Albagli

Isaac Albagli

Alguns amigos me disseram que a vereadora Carmelita e o amigo Antônio Olímpio ficaram ofendidos com meu artigo denominado “Leviandade explícita”, publicado em alguns blogs da nossa cidade. Primeiramente é de se esclarecer que jamais foi nossa intenção ofender quem quer que seja, até porque nunca procedi dessa maneira. É preciso informar que a palavra “leviandade” vem do Latim LEVIS, ou seja, “leve” ou de “pouco peso”. Todos os dicionários apontam como sinônimo de leviandade a palavra “irreflexão”. É usada nos países de língua portuguesa para caracterizar uma ação irrefletida ou superficial, leve, e sem a devida análise.

Acusar sem provas é, ao pé da letra, uma leviandade. Acusar sem refletir, idem. Não pode, portanto, essa palavra ser considerada como ofensiva. O amigo Antonio Olímpio que é advogado e culto, e tem em sua família dois filhos que são advogados valorosos e até uma nora juíza federal, sabe que dizer que fulano ou beltrano comete uma leviandade não caracteriza nenhuma ofensa à honra. Tentei buscar a palavra correta para denunciar certas acusações de vésperas de eleições, e acabei criando uma polêmica. Bem sabe o amigo AO que a minha intenção nunca foi de ofendê-lo, bem como a vereadora Carmelita. Se assim entenderam, peço desculpas.

Fui vereador durante o último mandato de Olímpio e exercia uma oposição firme, vigorosa e nunca leviana. Sempre fiz acusações com provas, pois mensalmente visitava a inspetoria do TCM e lá colhia tudo aquilo que denunciava. Fiz uma oposição dura, mas honesta. Nunca desci a picuinhas ou fatos fora da órbita política. Se na Câmara de Vereadores eu atacava o governante AO, no final da tarde podíamos tomar um chope e comer uns quibes no Vesúvio. Afinal, entendo que não se deve levar para o pessoal qualquer divergência política momentânea.

Já disse que não entendo como se procura requentar assuntos com nítido propósito eleitoral. Meu amigo AO exagera tanto na dose que atribui a Jabes a “permissão da retirada de água do Rio do Braço” para abastecimento de Itabuna. Jabes sequer era prefeito na ocasião. O então prefeito João Lyrio até tentou barrar a retirada da água via judiciário (contra minha opinião), mas a Justiça deu ganho de causa a Itabuna. Afinal é uma sandice negar  água a um município vizinho que não a possui. Ademais as águas não pertencem ao município, mas à União.

Outros assuntos como Petrobrás, ZPE, precatórios, limites territoriais, tenho muito a dizer, mas vou me reservar a responder após as eleições. Digam o que quiserem; não vou rebater por ora. Tenho quatro meses e meio pela frente para pinçar com detalhes os verdadeiros fatos. Para finalizar, repito, posso ser duro, mas nunca ofensivo ou mal-educado. Quero com isso esclarecer os fatos decidindo que de minha parte o assunto se encerra. Paulinho da Viola na música “Coração Leviano” mandou bem e pegou o “espírito da palavra”: Ah coração teu engano foi esperar por um bem; De um coração leviano que nunca será de ninguém…