Foi um Sábado excelente, com duas pratas e um ouro para o Brasil. \Um dia para não esquecer na Olimpíada. O Brasil ganhou duas pratas, com Esquiva Falcão e o futebol, e um ouro com a seleção feminina. Para quem fica dizendo que o nosso desempenho na Olimpíada é ruim, nada como um dia após o outro. Agora, existem as diferenças nas três conquistas, e estas devem ser valorizadas:

O ouro do Voleibol feminino

Desacreditadas, as meninas de Zé Roberto fizeram o que todo treinador sonha numa competição como esta. Se encontraram e recuperaram a confiança a medida que os jogos avançavam e os desafios se multiplicavam. O jogo contra os EUA foi emocionante, assim como a campanha da equipe. Os 3 sets a 1 são o desfecho de um início inseguro, classificação ameaçada e descrédito da torcida. Na nossa previsão colocamos que, em chegando as finais este time poderia surpreender. Não deu outra!

A Prata do Boxe

A prata do boxe é daquelas medalhas que ficam no coração do nosso povo. O nome Esquiva foi dado para facilitar ao pai as orientações durante a a luta. A vida difícil, a busca por apoio que em outros esportes sobra, terminou com a prata contra o rival japonês Ryota Murata. A vitória viria, não fosse uma punição. Esta geração de boixe tem a alegria a nos dar, e merece o nosso apoio.

Time do Brasil, de Mano, da imprensa brasileira, do jogador apagão, ganha a prata contra rivais sem tradição

Dizem que todo time começa com um grande goleiro. A seleção brasileira atual começa com, segundo a imprensa, o grande Neymar, e não fosse pelo caminho de adversários sem tradição (Egito, Bielorrússia, Nova Zelândia, Honduras e Coréia do Sul) sequer chegaria à prata
Estou esperando, sinceramente, uma retratação da imprensa, que poupa Mano, Neymar, o futebol arte de tantos fiascos, de qualquer crítica. Queriam mudar tudo, disseram que Neymar teria nos dado o título na última copa, tivesse Dunga o levado, e esse jogador de drible fácil, é verdade, apaga em grandes decisões ou jogos com adversários mais gabaritados. E olhe que o México jogou sem seu principal astro. E agora, é desse jogador que dependemos para 2014?
Essa “seleçãozinha” de Mano consumiu dinheiro que, se investido em esportes individuais, nos deixaria na condição de potência olímpica. Ficaram hotéis cinco estrelas, não usaram o restaurante comunitário dos outros atletas nem ônibus coletivos ou transporte público. Parecido com os atletas do Drem Team amaricano do EUA de basquete, mas só parecido. A diferença é que os americanos, embora não tenham ficado na Vila, visitaram o local, almoçaram com os atletas do seu país, se integraram e até pegaram o trem para acompanhar partidas, enquanto os brasileiros nas folgas não estavam nem aí para o time olímpico brasileiro.
A medalha de prata é bem vinda, mas o preço dela, com tantos medalhões em uma estrutura milionária, é muito grande e não tem o valor de uma Sarah Menezes do judô e seus 3.100 reais de bolsa, assim como de outros brasileiros que brilharam nesta olimpíada. Confesso que estou feliz, pois nosso primeiro ouro não poderia vir desse bando chefiado por um protegido da imprensa que investe no malabarista Neymar, de toque e futebol refinado sem dúvida, mas que não conseguiu fazer o pouco que precisaríamos para bater adversários olímpicos de menor gabarito.
Nosd serve só o registro da medalha, os resto podemos esquecer!

Alberto Barretto Kruschewsky
Professor Ms. Educação Física
DCS/Universidade Estadual de Santa Cruz/Uesc
(36323956/99667204)