JOAQUIM BARBOSA X MINISTRO DA JUSTIÇA
Projeto de Lei nº 6.732/13 em tramitação na Câmara dos Deputados que condiciona conversa entre Advogados e Magistrados a prévio agendamento e à intimação do adversário para comparecimento.

“ PECUNIA NON OLET” ( Dinheiro não fede )
Sobre o “ affaire “ Joaquim Barbosa, Ministro da Justiça, advogados das empreiteiras e OAB , me lembro do artigo publicado na FOLHA DE SÃO PAULO, de 30.9.14, “ Sobre advogados em gabinetes de juízes “ do Dr. Professor Titular da Faculdade de Direito da USP , FLAVIO LUIZ, que focaliza o PROJETO DE LEI nº 6.732/13 em tramitação na Câmara dos Deputados que condiciona conversa entre advogados e magistrado, sobre processo em curso, o prévio agendamento e à intimação do adversário para comparecimento.
Se aprovado, encerraria a polêmica.
A justificativa é o combate à “ daninha influência que certos advogados relacionados por amizade íntima buscam – e logram exercer.
Argumenta – se que “encontros informais “ favoreceriam “ liames espúrios “.
O próprio ex – presidente do STF, na Relatoria da AÇÃO PENAL 470 ( “ MENSALÃO” ) só admitia audiência pretendida pelo advogado com a presença do Ministério Público.
Tencionava baixar um provimento nesse sentido. Ideia abortada pelo atual. A ética se aposentou com Joaquim Barbosa, data vênia.
Segundo Santo Agostinho, citado pelo imortal CARLOS HEITOR CONY ( Folha de São Paulo – 22/02/15 ), disse que um bom exemplo é difícil de ser imitado, enquanto o mau exemplo é facílimo. “ Sabe-se que a Beija – Flor neste Carnaval recebeu uma ajuda substancial do ditador da Guiné Equatorial. Ganhou sem contestação, repetindo a operação Lava Jato que funcionou na eleição de vários parlamentares, uma corrupção que está sendo apurada e provavelmente será punida”.
Nos meus longos quarenta e quatro anos ininterruptos do exercício da apaixonante profissão de advogado tão vilipendiada por alguns “ lobistas “ tenho testemunhado que essa “ amizade íntima “ e muitas vezes “ a toro et mensam “, como a nominavam os romanos, sempre tem por objeto final a “ venda de sentenças “, como denunciou o historiador e jornalista MARCO ANTONIO VILLA, no seu livro “ Década Perdida” – Dez Anos de PT no Poder – Ed. Record – 8ª edição, pg. 154 : “ Numa delas, ficaria patente o triste comércio de venda de sentenças judiciais, escândalo que atingiu até um Ministro do STJ…”
Na mesma crônica, narra CONY:
“ O imperador VESPASIANO, ao inaugurar melhoramentos em Roma, quando mandou fazer mictórios e privadas nos lugares mais freqüentados, taxou com severos impostos aos usuários daqueles benefícios. O filho dele, o futuro imperador TITO reclamou daquele exagero fiscal. VESPASIANO se explicou: “ PECUNIA NON OLET” ( dinheiro não fede ) …”