Não se fala em outra coisa na cidade, que não seja o faxinaço que a prefeitura vai promover em todos os cantos da nossa bela e sofrida Ilhéus.

Hoje em um programa de grande audiência, o vice alcaide concedeu uma extensa entrevista, quando elencou a programação do faxinaço que a prefeitura pretende colocar em prática.

Se o poder público estivesse ao longo desses mais de dois anos realizando os serviços básicos, com certeza a tarefa não receberia este nome de operação faxinaço.

O que foi que aconteceu? a cidade foi recebida pelo novo prefeito em estado de abandono, pouco foi feito para amenizar o caos, ficou mais uma vez abandonada, lixo e bagunça pra todos os lados e só agora se resolve adotar uma nova postura, quando os problemas, notadamente o LIXO e seus LIXÕES, estão enraizados e alguns já fazendo parte do dia a dia do cidadão

O cidadão consciente, aquele que entende um pouco o que é cidadania, sabe que a maioria do nosso povo é desprovido de educação, não sabe fazer a sua parte como morador e joga no time do quanto pior, melhor.

Alguns tratam mal a cidade como vingança política contra o alcaide, não sabendo que essa atitude de falta de respeito e educação, só contribui para afundar mais ainda a situação precária em que vivemos.

Esta iniciativa da prefeitura poderá não ter o resultado esperado, devido principalmente a sua ausência nas nossas ruas, praças, avenidas e bairros, propiciando a que os moradores perdessem a confiança no poder público e achando que tudo é obrigação do alcaide.

Esqueçam o alcaide, ele é apenas um instrumento e que está de passagem, a cidade fica e é dever de todos ajudar a resolver seus problemas.

 Cabe sim à prefeitura a responsabilidade pelos serviços básicos na cidade – coleta de lixo doméstico, limpeza de ruas, avenidas e praças, buracos nas pistas, passeios públicos, iluminação, poda de árvores, sinalizações de trânsito, bueiros entupidos, etc.

Entulho, móveis usados, roçagem de quintal, limpeza de fossa é de total responsabilidade do morador, que deve adotar medidas contratando serviços de fretista para dar uma destinação (no local adequado) do material produzido em suas residências ou nos estabelecimentos comerciais.

Volto a insistir que a prefeitura tem armas legais (código de postura 1974, secretaria de meio ambiente, fiscalização de reformas e obras particulares), que podem ser ativadas para tentar coibir os desmandos hoje existentes em toda a cidade.

Como nada disso funciona a contento, o cidadão se acha no direito de fazer o que bem entender, danificando o patrimônio público, e outras ações inapropriadas numa convivência humana e harmoniosa.

Acredito que depois do faxinaço, deve vir em seguida uma campanha de conscientização e uma intensa fiscalização, principalmente nos lixões manjados e que a prefeitura sabe onde cada um é localizado.

Se isso não vier a acontecer, pode jogar a toalha e fechar as portas.

Mudar o comportamento de uma maioria que não acredita no trabalho da prefeitura, é realmente um fator que poderá influir no êxito dessa empreitada.

O povo tem que acreditar na existência de um alcaide e na sua vontade em querer trabalhar pela cidade, afinal, como ele mesmo diz, ninguém tem mais amor por Ilhéus do que ele.

Vamos ao faxinaço. Agora a bola da vez é o vice alcaide, que vai assumir a responsabilidade pela missão recebida.

Está, pois, dado o meu voto de confiança.

Obrigado!!! Com licença!!!

ZÉCARLOS JUNIOR