Desnecessário tecer maiores comentários sobre o uso do celular. O aparelhinho está espalhado pelos quatro cantos do mundo e não tem mais jeito, não tem mais retorno.

A cada dia as empresas criam novos modelos, com mais aplicativos e a turma não deixa passar barato, compra tudo, custe o que custar, pois o mais importante é estar antenado, na frente.

Claro que ninguém vive mais sem celular, pessoas com mais de um aparelho e/ou com números de todas as operadoras, fazer o que?

Mas o que está me chamando a atenção é como esses aparelhos estão sendo usados por funcionários de empresas, senão vejamos:

Nas farmácias o balconista lhe atende e lê a receita com o celular no ouvido (e conseguir lê uma receita médica não é fácil); nas clínicas e hospitais mesmo procedimento; nas lojas,  boutiques, materiais de construção, os produtos são mostrados e discutidos os preços, o comerciário com o celular colado no ouvido; o cobrador de ônibus, naquele balança mas não cai e passando o troco, não larga o  celular; nos mercados o celular fica em local estratégico, o caixa registra as mercadorias e ao mesmo tempo olha para o celular; o taxista atende dirigindo e confirma onde está e manda o próximo passageiro aguardar; os agentes de trânsito não largam o celular, pois este serve para conversar e aplicar multas; já foi pego motorista de ônibus conversando no celular; o motoboy não fica atrás; o motorista do veículo coletor de lixo acha que tem tempo bastante para conversar; os médicos já entraram na roda, atende o paciente e suspende a consulta para atender o celular, às vezes é um amigo com um assunto sem nenhuma importância; os vigilantes bancários não ficam atrás; os funcionários públicos aderiram à nova moda; pedreiros, carpinteiros, serventes podem estar em qualquer lugar da construção, até na laje, mas não largam o celular; enfim, todo mundo tem celular e atende a qualquer hora e em qualquer lugar, pouco se importando se tem na frente um cliente.

Faço uma simples pergunta: é assim que a banda toca? Afinal, tem momentos que a atenção tem que prevalecer e também o respeito.

E os empresários, os chefes imediatos, os engenheiros de obras, as normas de trânsito ficam onde nesse novo procedimento, nessa mania de não largar o celular pra nada?

Hoje mesmo conversei com dois empresários e eles disseram que realmente estão passando por essa nova rotina com seus funcionários, inclusive disponibilizando algum tempo para que os mesmos vejam suas caixas de mensagens, etc.

E agora com esse tal de zap zap, a coisa pegou fogo, pois até conversa do além a turma recebe.

Tecnologia, novos tempos, e ninguém segura mais. Quer dar um presente a alguém? Dê um celular, se possível de boa marca e com milhões de aplicativos.

E a conversa dos casais nos bares? Ninguém fala com ninguém, eles conversam com os celulares, claro que usam uma das mãos para levar o copo até à boca. Grande curtição a dois.

Obrigado!!! Com licença!!!

ZÉCARLOS JUNIOR