Com o advento do Concilio Vaticano II em 1963, quando João XXIII foi proclamado Papa, cuja escolha foi grande surpresa até mesmo para a Cúria Romana de Cardeais, visto a idade do escolhido e que o esperado seria um Papa mais moderno. E logo ao assumir o Santo Padre convocou todos os Cardeais a Roma para uma reunião importantíssima denominada Concilio Vaticano II, onde durante vários meses foram debatidos vários assuntos visando uma mudança radical na evangelização da Igreja Católica abrangendo a todas Dioceses e Arquidioceses de todos os Países do mundo Católico. Tais mudanças vieram provocar certa cisão entre os Cardeais conservadores e a renovação. Concluído o Concilio, a Igreja renovou seu estilo de liturgia principalmente onde as Missas que eram celebradas em Latim e o Sacerdote ficava de costas para os fiéis, doravante a Santa Missa passou ser celebrada com a linguagem do País de origem e o Sacerdote desceu do púlpito e passou fazer sua homilia de frente para os fiéis, com uma linguagem mais adequada e compreensível. Até mesmo os Sacerdotes foram autorizados fazer a opção de abolir aquela batina preta e comprida, e passou a utilizar um vestuário mais atualizado e também mais higiênico.

Através da realização do Concilio Vaticano II, o paroquiano que era tratado à distancia, passou a ser grande participante denominado “leigo” ou seja a verdadeira Igreja viva.

Tempos depois em Carangola – Mg, através de um grupo de católicos conscientizados dentro da nova concepção de Igreja, resolveram estudar e praticar a vida cristã com mais entusiasmo. E o Espirito Santo iluminou os componentes desse grupo e

resolveram criar uma atividade de conscientização cristã denominada “Curso de Igreja”, onde os leigos passaram levar a palavra de Deus baseada no Estudo Bíblico com ajuda das diretrizes do Concilio Vaticano II.

O Curso de Igreja chegou a Ilhéus na década de 70 (setenta) através da Paroquia São João Batista do Pontal, tendo como primeiro coordenador o saudoso irmão em Cristo Jair Vicente de Paula e tempos depois fora substituído por Luiz Castro indicado pelo Bispo Diocesano Dom Walfredo Tepe.

As palestras do Curso de Igreja eram bastante claras e objetivas onde mostrava uma Igreja Atuante Celeste e Peregrina. Havia também palestras sobre Nossa Senhora– Maria Mãe de Jesus e Nossa Mãe, confraternização entre os participantes através de cânticos alegres e participativos.

Ainda lembro-me de alguma estrofe do cântico oficial do Curso de Igreja que dizia: “Curso que agente almeja, Curso de Igreja para a Comunidade, Palestras de amor e Paz………..

A equipe era de aproximadamente de 40 irmãos que eram distribuídos em setores: Secretaria, Liturgia, Sacrário, Cozinha, Equipe de palestrantes, Humoristas, Músicos e na hora dos cânticos todos participavam com muita alegria.

Com o estimulo de Dom Walfredo Tepe e com os convites dos Sacerdotes das Paroquias da Diocese de Ilhéus, conseguimos levar o Curso de Igreja a todas comunidades, e com a Ação do Espirito Santo, muitos irmãos que participaram do Curso de Igreja, passaram ser realmente Igrejas Vivas ou seja vidas transformadas.

Eu sempre agradeço a Deus por ter sido escolhido não somente por ser Coordenador, mais acima de tudo por ter participado dessa vivencia espiritual, onde vivíamos a verdadeira comunidade cristã.

Gostaria de relacionar os nomes de todos os irmãos que participaram da equipe do Curso de Igreja, contudo para não cometer injustiça quero mencionou o nome de um participante que nunca nos abandonou: Jesus Cristo!

Colaboração de Luiz Castro

Ex – Participante do Curso de Igreja