No Brasil a alegria das festividades carnavalescas criaram rumos de intensas preocupações entre os foliões, especialmente na Bahia, Terra bastante fluente do carnaval em que foi escolhida pelos acessos de grande massa de brasileiros e estrangeiros vindos de vários Estados e Países do mundo a fim de pular o tradicional carnaval com aglomeração de muita gente. Surgem aí às participações de blocos e suas fantasias organizando a festa. Entretanto, sofrendo preocupações ao setor de segurança com influencia do lado negativo que foi instituído pelos marginais ligados aos crimes de apropriações de objetos alheios e agora o “ABADÁ”, vendido por preços exorbitantes, virou o produto mais valioso para os famigerados ladrões oportunistas perambulando na Capital Baiana.

Durante as preparações para os festejos carnavalescos, fixamos o nosso pensamento nas pessoas frágeis, notadamente, aquelas que ainda imaginam que fazer carnaval é necessário muito dinheiro nos bolsos e pronto. As recomendações do setor de policiamento do Estado da Bahia são solicitações rotineiras, como por exemplo, não levar muito dinheiro e cartões de créditos. Não comunicar as pessoas estranha que vai adquirir abadá; sempre procurar estar acompanhado por outras pessoas da família ou amigos; evitar vendedores clandestinos; ter muito cuidado em observar se não está sendo seguido por bandidos disfarçados em folião; nunca se esquecer de procurar falar com um policial da Policia Militar em caso de qualquer agressão ou roubo.

Quantos carnavais trouxeram duras decepções e ásperas recordações! Quantos lares foram destruídos pela falta de sensibilidade e sentimento do respeito mútuo! Quantos crimes originados pelo ciúme ou ideia de posse da espécie humana, destruíram a harmonia e serenidade de tantas famílias perfeitas! Foram os deslizes criados por falsa alegria que apenas deram sentido de extravagância e deixaram de alicerçar a busca da paz aliada ao amor influenciando a solidariedade e a alegria na reciprocidade desse fantástico evento. Em contrapartida, nascem tantos erros e procedimentos desairosos criados por sentimentos de recordações tristes e irreversíveis.

Realmente o carnaval é uma festa cheia de inesperadas atrações e muitas pessoas procuram extravasar as mágoas ou problemas que passaram dando margem a viver momentos de alegria em razão das grandes tarefas com acertos ou desacertos que foram desenvolvidas no decorrer do ano que passou. Há necessidade de muitos cuidados porque também é do conhecimento dos moradores de qualquer cidade ou capital, que muita gente é rigorosamente surpreendida quando retornam aos seus lares, notando com desapontamento que foram roubados os seus pertences, por sua própria negligência, faltou à segurança dentro da sua casa.

Muitas pessoas não procuram se organizar, e quando viajam desconhecem a necessidade de deixar os seus imóveis protegidos, pois ao sair da sua casa, precisa ser rigorosamente discreto com as bagagens, evitando chamar a atenção de pessoas desconhecidas que de repente estão vendo a sua saída. Se for de carro, arrume a bagagem dentro da garagem, evitando a sua exposição. Essa é a atitude com cautela que demonstra uma obrigação de resguardar os seus bens e valores patrimoniais.

Torna-se muito comum não deixar de avisar aos seus vizinhos mais chegados, solicitando que observem qualquer movimento estranho na porta ou varanda da sua residência. Lembrar que durante muitos anos os moradores de qualquer cidade passaram a serem observados em seus hábitos e costumes, porque nem sempre se pode imaginar quem são os indivíduos preparados em arrombamentos de residências. Os bandidos já conhecem isso, caso aconteça tal contratempo, não mexa enquanto a polícia não chegar para perícia.

O lado estranho que mexe com as dificuldades econômicas é a existência de várias pessoas vendendo alguns objetos valiosos por preços irrisórios, e outros que procuram subtrair da sua família as coisas que adquiriram ao longo do ano com sacrifício, a fim de comprar uma fantasia, ou mesmo para naturalmente entrar na farra. Que bom seria se essas pessoas encontrassem uma imaginação humana dentro de uma realidade acentuada no seu amanhã que continua e não se sabe como.

Pouco se observa a conciliação em família, são tantos erros praticados sem a imaginação acerca de possíveis mudanças de deliberações. E, definindo na forma humorística de Emil Brunner, ele afirma que o remorso “é como um cão trancado num lugar subterrâneo por causa do hábito aborrecido de latir, e que continuamente espera uma oportunidade de despedaçar a casa que lhe é fechada”. “E o fará no momento que a vigilância do seu dono relaxar.” Quantos arrependimentos e complexos de culpas! É muito importante o livre arbítrio e a confiança fazerem parte dos sentimentos atribuídos ao bom senso de cada pessoa.

Numa outra análise lembramos o bem maior, aquele primor dos inestimáveis cuidados pelo seio familiar. E o fazemos porque nessa época muitos homens se desvinculam do seu bom senso crítico e esquecem-se do respeito pela paz que deve existir de forma permanente dentro da sua casa, afinal a vida continua, e o lar é inviolável em toda sua extremidade na busca do amor criado por Deus. Devemos orar: “A oração talvez não mude as coisas para as pessoas, mas, com certeza mudará as pessoas para ver as coisas. (Paulo Cardozo, escultor e servidor da CEPLAC)”. “Nós somos o que pensamos e não o que pensamos que somos”. Por outro lado, “pensamentos geram atitudes e a falta de princípios é a raiz da miséria humana”. Jorcelangelo L. Conti.

E os deslizes criados por percursos carnavalescos, alguns, apenas deram sentido de extravagância, deixaram distante do ser humano a busca da paz dentro do sentido do amor. E o remorso vem depois, como uma fera destruidora sem ninguém saber a quem atingirá. É o inevitável protesto da consciência contra a violação daquilo que sabemos ser justo e reto. Educada no respeito à lei divina que rege a conduta humana, sempre no interesse do próprio homem, a consciência não pode deixar de ressentir-se ante uma transgressão deliberada da norma de pureza e santidade instituída por Deus. E existe culpa onde há o choque de duas vontades. E essas vontades são: a divina e a humana, que sendo violada ou desrespeitada, provocam calamidades públicas, destroem lares, cidades, capitais e países. PENSEM NISSO!!!

Eduardo Afonso – Ilhéus-Bahia