Como já afirmei em outras oportunidades, absolutamente não tenho nada contra a pessoa do nosso alcaide, mas, politicamente, a coisa muda de figura, trata-se de uma relação de cidadão x político.

Tenho respeito e admiração pela sua família, principalmente pelo meu parente Seu Zé Ribeiro e Dona Anita, que foram nossos vizinhos aqui na Sapetinga por longos anos.

Seu Zé Ribeiro era realmente um homem com H bem grande, irrepreensível como pai, cidadão e operário, um nome respeitado por onde passava. Com certeza o grande Arquiteto do Universo lhe reservou uma morada condigna.

Saindo das coisas boas e indo para as coisas atuais e que não são tão boas assim.

Não se pode esconder o ser político do nosso alcaide. Prefeito pelo quarto mandato, deputado, secretário de governo, dirigente de partido, portanto, uma larga e extensa folha corrida nas lides da política.

No seu último mandato e que muita gente já esqueceu, saiu com alta rejeição, sequer teve condições de indicar um candidato que viesse competir com os outros candidatos e provocou na população uma revolta por mudanças que infelizmente resultou nos oito piores anos da história política da nossa ainda sofrida cidade de São Jorge dos Ilhéus.

Pra se ter uma idéia de como tudo aconteceu e por não ter a quem indicar para concorrer às eleições, eis que num rompante sem eira e sem beira, indicou o proeminente professor de tão alto valor intelectual, Profº Soane Nazaré de Andrade, como praticamente boi de piranha e que foi trucidado sem apelação naquelas eleições.

Até hoje não consigo entender como o Professor Soane Nazaré se prestou a esta indicação, melhor dizendo, a esta queimação.

Mas o que importa é que Profº Soane Nazaré de Andrade tem um nome registrado na cultura da Bahia e nada que fizeram com ele apagou a grandiosidade de sua obra em prol da educação em nossa região, em nosso estado.

Abordar sobre os últimos oito anos não é preciso, basta coçar pra sentir na pele o estrago, a ruindade e a perversidade foram tantas contra a cidade que ficou até o momento entranhado no corpo e mente dos ilheenses.

Segundo os adeptos fervorosos do nosso alcaide, já estava previsto acontecer tudo isso para que ele voltasse como o salvador da pátria, quanta estupidez de um grupo político.

Só que desta vez e após oito anos de torcida pra que tudo desse errado, o nosso salvador da pátria errou no golpe e agora, numa jogada de mestre, apelou para a sociedade constituída com o chamamento para o tal pacto, uma manobra tipo jogar a toalha.

Político de verdade tem que saber fazer política e o nosso alcaide é de fato e de direito um especialista no assunto.

Se o salvador da pátria não deu jeito, que venha o pacto e que alguma coisa possa sobrar para tirar o município da pendenga.

E será que o pacto vai pagar o pato?

ZÉCARLOS JUNIOR