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:: ‘Falaê’

Coluna Carlos Brickmann / “Os negócios da China”

O principal evento do Governo Dilma, até agora, está passando quase despercebido: sua viagem à China, neste sábado. Haverá ali uma negociação difícil e importantíssima com o presidente Hu Jin-tao: a presidente vai testar a disposição da China de ser parceira do Brasil, não apenas compradora de matérias-primas.

A China, hoje a maior parceira comercial do país, compra minérios (especialmente minério de ferro, da Vale) e produtos agrícolas não-processados. Compra minério, não ferro-gusa, nem aço; compra soja, mas não óleo de soja, nem torta de soja para alimentação animal. Os chineses querem produzir lá. E, em contrapartida, querem vender aqui, e nos mercados até agora abertos à nossa indústria, produtos prontos, a preços artificialmente rebaixados por sua moeda desvalorizada e seus salários reduzidos, deslocando os concorrentes nacionais.

Os produtos chineses não se limitam a brigar com os brasileiros no mercado mundial: ameaçam nossa indústria também no mercado doméstico. Carro chinês não é lá essas coisas, mas pelo preço pode conquistar boas fatias de mercado. O Brasil tem dificuldades para reagir: a tributação é alta, os encargos trabalhistas são imensos, há gargalos de energia, transportes e comunicações. Politicamente, o Brasil já deu à China o reconhecimento como “economia de mercado”, o que dificulta o combate a eventuais deslealdades comerciais. Esperava em troca o apoio chinês à vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU. Nem isso conseguiu. Se Dilma conseguir concessões de verdade, vai merecer uma estátua.

A briga da Vale

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Isabel Vasconcellos em: A REVOLTA MÉDICA E A MÁQUINA DO TEMPO


Imagine como seria entrar na Máquina do Tempo e recuar uns 100 anos.

No começo do século passado, nos pequenos e nos grandes centros urbanos, havia três grandes autoridades: o político, o padre e o médico. Esses dois últimos serviam também, às famílias, como sábios conselheiros e sabiam muito bem que o trabalho de um influenciava o do outro: ou seja, sabiam, empiricamente, que a saúde e a alegria não vivem uma sem a outra, como diria o Dr. José Knoplich.

Agora imagine você chegar pra um desses próceres daquele tempo e dizer a ele que, dali a cem anos, a profissão dele seria desvalorizada a ponto dos médicos terem que se reunir em passeata para exigir uma remuneração digna. Imagine dizer a ele que o povo em geral, abandonado pela saúde pública, sujeito a filas intermináveis e a espera de meses e meses por um simples exame, começaria a transferir para os médicos a frustração causada por esse tipo de atendimento. Imagine ainda dizer a esse orgulhoso doutor que ele teria seus procedimentos e pedidos de exame sujeitos a restrições por parte de grandes empresas que agiriam como se fossem seus patrões e ele, seu empregado.

Provavelmente ele trancaria você num hospício.

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Marli Gonçalves em: Espírito de porco, carne de pescoço

A vontade é dar descarga, apertar o botãozinho, ejetar, tapar. Difícil é ter paciência e aguentar tantas tolices ditas, tantas palavras disparadas junto com tiros e maledicências, tanta negatividade vinda dessa gente do mal, desses atrasos, dessas tranqueiras. A energia que emitem é uma poluição etérea, inferior, grudenta, que tenta atingir nossas almas

Desde que o mundo é mundo sempre tem ou aparece o cara espírito de porco, o toco, tosco, osso duro de roer. Ou a muiézinha bem zinha, atrasada, palpiteira no alheio, fofoqueira, moralista. O problema é que ultimamente todos eles têm posto as manguinhas de fora ao mesmo tempo. A gente não consegue mais nem tempo de respirar. Parece campeonato de asneiras. Mal acaba o asco, o enjoo de ouvir um, ficamos sabendo que apareceu outro verme. E eles se superam entre eles na vala da ignorância onde procriam, inclusive filhos.

Semana passada foi o auge. Como diria Gilberto Gil, chiclete eu misturo com banana e o meu samba vai ficar assim. Promiscuidade ocorreu foi entre o racismo e a homofobia de quinta categoria que grassaram violentamente nos discursos de dois parlamentares, o pastor Feliciano e o estúpido Bolsonaro. Pior, eles ainda estão lá lindos e louros no Congresso Nacional e já se passaram muito mais de 150 horas do ocorrido. Um escárnio. Como somos lentos… Tic-tac, tique, taque, tique, taque. Tic. Eles não deviam estar – como dizem alguns sábios das religiões africanas – onde não canta o galo e onde não há de cantar galinha?

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Coluna Carlos Brickmann / “São iguais, mas diferentes”

Todos são iguais perante a lei, diz nossa Constituição.

Mais ou menos: e não é apenas por causa do deputado federal Jair Bolsonaro, do PP fluminense, com suas tristes declarações contra gays e negros. Não é apenas, também, pelo deputado federal Marcos Feliciano, do PSC paulista, que disse que os negros descendem de ancestrais amaldiçoados – Can, um dos filhos de Noé – e cita a Bíblia como fonte (embora religioso, nem de Bíblia ele entende).

Há no país um racismo difuso e uma homofobia mais explícita. Quando a candidata Marta Suplicy lançou suas célebres perguntas ao adversário Gilberto Kassab, “ele é casado? Tem filhos?”, revelou um lado nela desconhecido – e que, exatamente por ser dela, com um ativo passado de luta contra a homofobia, foi surpreendente. Perdeu a eleição; e, sempre que empunha sua antiga bandeira, tem de se explicar. A ministra da Igualdade Racial (sim, existe! Acredite! Seu nome é Luiza Bairros) critica a frase racista de Bolsonaro com um argumento igualmente racista: “Isso demonstra como ser branco na sociedade brasileira implica determinados privilégios em detrimento dos direitos dos negros em geral”.

Ou seja, todo branco – seja Dilma, seja Lula, seja o ministro Palocci, seja o ex-ministro José Dirceu – tem privilégios em detrimento dos direitos dos negros. Sua Excelência ataca os brancos como Bolsonaro atacou negros e gays. Racismo é, pois: pode até ser o outro lado da moeda, mas a moeda é a mesma.

Não se combate meio preconceito. É preciso combater o preconceito inteiro.

Os árabes

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Maria Regina Canhos Vicentin em: Bolsonaro x Preta Gil

É impressionante como a sociedade arruma meios de colocar na pauta do dia suas apreensões e temores; seus conceitos, às vezes, equivocados; sua insegurança diante de tantas possibilidades; sua confusão interna. A população adoece dia a dia com o descaso das autoridades, com a falta de atenção, com o desamor. As pessoas estão perdidas; já não sabem onde buscar orientação adequada.

Hoje em dia, tudo parece ser possível, tudo parece ser bom, tudo precisa ser aceitável. A intolerância é feia. Precisamos compreender a violência, a promiscuidade, o preconceito, inclusive achando tudo isso normal. Embora, em princípio, possamos expressar nossa opinião livremente, antes mesmo que ela saia de nossa boca está acorrentada. A maioria só ouve o que lhe interessa. Pesquisas mostram que a maior parte das pessoas só enxerga aquilo que espera e quer ver. Se acontece no cenário algo diferente do esperado simplesmente não é notado ou visto. Deduzo que o momento é propício para o “bode expiatório”.

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ALENCAR, O HOMEM QUE SORRIU PARA A MORTE

Ricardo Ribeiro

Tive a grande satisfação de conhecer José Alencar e foi há quase nove anos, antes dele se tornar vice-presidente do Brasil. Em 2002, na campanha pela sucessão presidencial, o grande brasileiro esteve em Itabuna para um encontro com lideranças locais. Lembro-me da reunião marcada para uma sala do hotel Imperial, onde quase não couberam prefeito, vereadores, secretários municipais e jornalistas. O calor era absurdo e intensificado pelas luzes dos equipamentos de filmagem.

Alencar não demorou a chegar, com aquele sorriso de gente boa e cumprimentando todo mundo. Ora, o homem vinha em campanha, devia estar fazendo média, mas havia algo diferente naquela expressão, no jeito de falar pausado, simples, ponderado, no olhar humilde. A diferença tinha jeito de ser sinceridade e dignidade. E era, como a história comprovou.

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Isabel Vasconcellos em: A Política Manda na Sua Felicidade

A falta da memória é um grande mal da humanidade, um mal que parece atingir mais às mulheres do que aos homens. É preciso, sim, conhecer a história da humanidade para conseguir entender o presente. É preciso ter uma dimensão histórica dos grandes sacrifícios dos nossos antepassados para entender tudo o que usufruímos de bom, hoje, na sociedade. Uma sociedade, é fato, que ainda tem instituições capengas e muitos erros, que ainda é socialmente injusta, mas que está milhões de passos à frente do que era oferecido aos nossos antepassados mais recentes, de até duzentos anos atrás. Imagine então o que dizer do tipo de vida que levavam as pessoas na Idade Média!

Todas as conquistas da humanidade passam pela política. Eu diria mais ainda: são fruto da política. É a vontade política que libera verbas, por exemplo, para as pesquisas científicas. É a vontade política que faz evoluir as instituições sociais. É a vontade política que faz evoluir as mentalidades e a tolerância. É a vontade política que determina se os tempos são de guerra ou são de paz.

É a política quem determina como será a nossa vida.

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Marli Gonçalves em: Carros, adesivos e o muito tempo que perdemos

Ficar parada no trânsito de São Paulo me dá às vezes ideias mirabolantes a respeito do mundo, das pessoas, dos temas que escrevo. Olho as pessoas nas naves fechadas de vidros escuros e só consigo pensar nos Jetsons. No trânsito, mas com foguetinhos, pelo ar. Agora, com essa nova ondinha de família feliz, dá para fazer o perfil dos proprietários. E eu viajo na imaginação para passar o tempo engarrafado.

Primeiro foram os adesivos de Nossa Senhora de Fátima, aquele contorno de perfil dela, com o terço nas mãos. A primeira vez que vi foi numa Mercedes da Hebe Camargo há muitos anos, devia ser importado, o carro, com certeza; o adesivo, talvez. Agora há a modalidade “família feliz”, que as pessoas compram e colam na lataria traseira. Como tudo ultimamente, moda de ambulante, modinha sino-paraguaia que infesta onde passa, pela quantidade boçal que chega. Tem de tudo: homem, mulher, bebê, menininho, menininha, cão, gato, papagaio, e, todos, com variações tipo homem executivo, mulher dona-de-casa. Não, ainda não vi homem com chifres, mulher gorda, sogra amordaçada, criancinhas em jaulas. A coisa foi pensada para ser “família”. E o que é pior, família feliz. E a polícia, que não deve mesmo ter o que fazer, corre para alertar sobre o perigo. Imagine! Eles dizem que dá informações demais, que vão tentar dopar o cachorro, esgoelar o gato, cortar o saco do papagaio e os meliantes adentrarão as residências.

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Maria Regina Canhos Vicentin em: A idade aprimora ou piora

Há alguns meses atrás, fiquei surpresa com o comportamento de uma pessoa próxima. Surpresa e decepcionada. Algumas de suas atitudes foram completamente diferentes de suas falas. Seus atos não corresponderam às suas apregoadas verdades. Isso é relativamente comum nos dias de hoje, mas sinceramente não é o que esperamos de pessoas com as quais convivemos, e pelas quais temos simpatia e afeição. Recentemente, aconteceu a mesma coisa com uma outra pessoa do meu círculo de relacionamento. Atitudes inesperadas e destoantes da linha de comportamento adotada há anos. Coincidentemente, ambas estavam por volta dos cinquenta anos. Esses dois episódios próximos, e outros mais distantes, dos quais também tive notícia nestes tempos, levaram-me a refletir sobre o que leva uma pessoa aparentemente sensata, equilibrada e ética a assumir posturas tão diversas das adotadas na juventude ao ingressar na idade madura.

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Eliana Barbosa / Em defesa das mulheres e das famílias

A novela Insensato Coração, de Gilberto Braga, que vai ao ar em horário nobre na principal emissora do país, a TV Globo, tem me feito refletir muito sobre a imagem da mulher nos meios de comunicação.
Durante anos a mulher lutou pelos seus direitos e hoje conquista cada vez mais destaque no mercado de trabalho. O ápice dessa conquista deu-se com a eleição de uma mulher à Presidência da República . O meio político sempre foi dominado pelos homens, mas Dilma Roussef se impôs e conquistou o cargo de Presidente.

Por isso me causa espanto justamente no horário em que as famílias estão reunidas para relaxar, conversar e assistir televisão, assistirmos a uma novela repleta de mulheres “fáceis”, desesperadas pelos seus homens; mulheres casadas traindo seus maridos escancaradamente; mulheres interesseiras e outras vulgares; mulheres inseguras que aceitam ser maltratadas por seus companheiros; além das ingênuas que acreditam em cafajestes que fazem questão de depois as chamarem de “vagabundas”.

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Coluna Carlos Brickmann / “O Avesso do avesso do avesso”

O prefeito paulistano Gilberto Kassab acaba de lançar seu partido e está debaixo de fogo: acusam-no de pensar apenas em seus interesses pessoais, de burlar a Lei de Fidelidade Partidária, de apoiar quem quer que esteja no poder.

O outro lado foi esquecido. Kassab tem ligações políticas com o grupo tucano que segue a liderança de José Serra – e Serra perdeu tanto a eleição como o controle do PSDB paulista. Kassab derrotou Geraldo Alckmin nas eleições para a Prefeitura paulistana – e Alckmin, politicamente frio e impiedoso, não apenas chegou ao Governo paulista como tomou o comando tucano estadual, afastando Serra (e vai cobrar de Kassab a derrota que sofreu). Kassab bateu o PT na eleição para a Prefeitura de São Paulo – e o PT está na Presidência da República.

Ninguém consegue ser prefeito contra o governador e o presidente, que controlam as verbas. Sem apoio tucano, Kassab só tinha uma saída: a saída.

Político competente, Kassab conseguiu, ao deixar o DEM, paralisar todas as demais forças políticas. PSB e PMDB gostariam de absorver o PSD, o partido de Kassab, mas não se sabe se é isso que o PSD pretende de verdade. Kassab promete apoiar Alckmin e Dilma em todos os bons projetos (o que significa apenas que ele estará ao lado do bem e contra o mal – uma posição que, tirando Marco Aurélio Top-Top Garcia, qualquer outro político gostaria de assumir). Em resumo, todos esperam o que fará, para só então se movimentarem.

Kassab vai mal nas avaliações, agora. Mas nunca deve ser subestimado.

O objetivo…

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Marli Gonçalves em: O mundo está mesmo muito estranho

“Meu, o mundo tá muito estranho”. Duvido que você não tenha ouvido essa frase nesta semana de horror. Que não tenha concordado com ela. Duvido que também não tenha medo, e não se sinta como uma barata tonta, sendo pisada, caçada por algo maior, desconhecido, imensurável, complexo, chamado Futuro, sobrenome Natureza, e apelidado Destino

Maremoto, que dá tsunami, terremotos e o risco de um desastre nuclear sem precedentes em uma das maiores e mais desenvolvidas nações do mundo, o Japão. Era mais do que a gota d’água que faltava para a gente ficar paranóico de vez. Não precisa nem esperar 2012 quando uns malucos de pirâmides douradas juram que sabem que o mundo vai acabar. É todo dia. Toda hora. Cada notícia mais louca que outra, mais constante, mais punk, mais esquisita. Isso além daquelas que são i-na-cre-di-tá-ve-is, tanto, mas tanto, que chegam a ser folclóricas.

Nós, aqui, ainda temos de aguentar umas catracas que nos governam fazendo catraquices, como por exemplo, nossa representante na ONU se abstendo de votar sanção contra a Líbia do Kaddaffi (gosto assim, dois ds, dois fs). Não parece mesmo o fim do mundo uma decisão como essa tomada justamente quando os kaddaffinhos afirmam, o povo como refém, que haverá banho de sangue civil correndo por ali? Kaddaffi e os kaddaffinhos me lembram dos mafagafos e mafagafinhos, bem monstrinhos. Nossa política internacional? Esta nem me lembra nada de tão chutada que é.

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