Ao menos três milhões de mortes poderiam ser evitadas no mundo anualmente com o respeito às normas sobre a poluição do ar da Organização Mundial de Saúde (OMS), especialmente na China e na Índia, destaca um estudo publicado nesta terça-feira.
A poluição do ar é responsável por cerca de 3,2 milhões de mortes ao ano, segundo estimativa da OMS, o que supera os óbitos provocados pela Aids e a malária juntas, destacam os autores do estudo, publicado na revista Environmental Science and Technology.
Os pesquisadores se concentraram principalmente nas partículas em suspensão no ar inferiores a 2,5 mícrons, que podem penetrar profundamente nos pulmões, aumentando o risco de doenças cardíacas e pulmonares, como enfisema e câncer, assim como acidentes vasculares cerebrais.
Estas partículas procedem da combustão do carvão nas centrais elétricas, do escapamento dos automóveis e de outras emissões industriais. Nos países de baixa renda são resultado da queima da lenha em fogões ou na calefação.
A maioria da população mundial vive com concentrações superiores a 10 microgramas por litro de ar, o máximo aceitável segundo a OMS, mas em algumas partes de Índia e China tal índice supera os 100 microgramas.