Oca, Alcova, Cafua, Cafuá
E a Alcova? do árabe “al kub”, isto é: o cubo, era um aposento sem janela, até bem pouco tempo conhecido na cutura brasileira, onde dormiam as meninas da familia, ali confinadas para evitar visitas noturnas dos ricardões de plantão.
Cafúa, ou cafuá, é um termo de etimologia pouco conhecida que significa esconderijo, antro, toca, ou as miseráveis habitações dos antigos seres humanos escravizados no Brasil Colonial.
Na Idade Média da Europa, altamente insalubres as condições de habitabilidade nos seus pequnos burgos, onde diariamente eram lançados os dejetos à via pública e onde os ratos negros disputavam espaço com os seres humanos, e quando se tomava um banho por ano – e olhe lá -, foram comuns surtos periódicos da mortal peste bubônica. Uma delas, a chamada “Peste Negra”, dizimou de 33 a 50 por cento da população do hoje considerado charmoso continente.
Na virada dos Séculos XIX ao XX, a tuberculose grassava solta em Paris. Um sábio médico, num lence genial, resolveu analizar os prontuários de milhares de doentes, observando que estes, nas sua maioria, viviam nos andares e subsolos das edificações, onde era pouca ou inexistente a iluminação e ventilação natural. Em 1904, tres anos antes de ficar pronta a Intendência Municipal de Ilhéus, em Paris foi realizado um congresso que teve como conclusão a proibição da construção de qualquer cômodo sem amplas janelas. Quando impossível a abertura das janelas, um “poço de ventilação e iluminação” deveria ser providenciado. Na legislação ilheense atual exige-se tais poços tendo, no mínimo, nove metros quadrados, e onde você possa desenhar, no piso, um círculo com um metro e meio de raio.
Finalizando, leitor ou leitora, se você ama realmente a sua familia, deixe de lado o seu orgulho e mania de tudo saber e poder decidir e economize uns tostões para pagar a um arquiteto ou arquiteta para que estes adaptem a sua moradia de modo a serem mais longos e saudáveis os dias da sua mãe, esposa, filhos ou outros moradores.