Pescadores discutem modelo do Terminal Pesqueiro de Salvador
O modelo de gestão do Terminal Pesqueiro Público de Salvador foi discutido ontem (19) por representantes de 23 colônias, cooperativas e associações de pescadores no auditório da EBDA em Ondina. O terminal está sendo construído na Ribeira pela Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, e as obras em fase de conclusão.
“O terminal é um importante instrumento de apoio ao desenvolvimento do setor pesqueiro e aquicola, com produtos e serviços de qualidade a preços competitivos,” destaca o presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, que ao lado do assessor de relações institucionais da empresa, Manoel Barbosa, explanaram sobre vantagens e desvantagens de três modelos de gestão: pública, privada e compartilhada.
Os representantes dos pescadores decidiram pela Gestão Compartilhada que, dentre outras vantagens, proporciona legalização do processo comercial para milhares de pescadores, maior garantia de eficiência e eficácia, em função da soma da experiência dos envolvidos; garantia de recursos para o início das operações; e maior garantia dos objetivos sociais e econômicos para a pesca artesanal. Os gestores contarão com apoio administrativo, financeiro, operacional e comercial de consultores do Sebrae.
O presidente da Colônia Z-1, com sede no Rio Vermelho, Marcos Souza (conhecido como Branco) afirma que durante 300 anos os pescadores artesanais ficaram à margem das decisões políticas. “Contribuiu para isto alguns compositores e escritores que passavam a ideia de que estes profissionais saiam às 5h e retornavam às 10h da manhã para, na beira da praia, deitar ao lado da morena e tomar cachaça.” Ele acrescenta que “a realidade sempre foi outra, uma vida muito dura.”
Branco lembra que as mudanças começaram em 1994 com a criação da SEAP – Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca pelo governo Lula, transformada em Ministério em 2009. Com estas iniciativas os pescadores passaram a ser inseridos nos setores institucionais. “Por isso defendo a Gestão Compartilhada”, diz.
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Marival Guedes-Assessor de comunicação
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