:: fev/2014
Um pouco da URBIS no Centro da cidade (Ilhéus/BA)
TODO FILHO É PAI DA MORTE DE SEU PAI
por Fabrício Carpinejar
“Feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.”
Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai. É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e instransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe. É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios. E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
Todo filho é pai da morte de seu pai. Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta. E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais. Uma das primeiras transformações acontece no banheiro. Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
ILHÉUS – SEU LIMITE TERRITORIAL ATUAL

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Rezende.
PSICOMUNDO <> MOTORISTA OU COBRADOR… EIS O PERIGO <>
Os proprietários de empresas de transportes de ônibus intermunicipal a exemplo, dos que executam o trajeto entre as vizinhas cidades de Ilhéus-Itabuna, vêm criando muita atenção parta certa opinião sobre o problema de motoristas também servir como cobrador. Outro dia entrei num ônibus com esse tipo de serviço e não fiquei muito interessado nessa fantástica forma de economia dessas empresas que executam esse tido trabalho extra para ganhar mais dinheiro.
Resolvi entrar num ônibus e acompanhar o trajeto desenvolvido entre Ilhéus/Itabuna, e fui lembrando um acidente que tomei conhecimento numa notícias a qual relatava o caso de um micro-ônibus que atropelou 4 ciclistas, matando 3 na hora, e de acordo com testemunhas o motorista estava na hora desatento por estar dando o troco de um passageiro.
Claro que o motorista não agiu com o propósito de matar ninguém, porém, foi à insistência de executar o trabalho de cobrador, serviço que requer muito cuidado e atenção na hora de passar o troco, contudo, as temeridades desses empresários gananciosos, aliados com as autoridades públicas que permitem essa ação contraditória, continuam nessa marcha e não sabemos até onde vai essa economia para os empresários, pois os condutores desses veículos necessitam de duas ou mais atenções na condução de ônibus cheios de seres humanos.
Agrissênior Notícias – Nº 461 – 05 de fevereiro de 2014.
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II FEIRA CRIATIVA DO PONTAL.
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Rezende.