:: ‘Agricultura’
Moagem de cacau avança em países que lideram produção
A Costa do Marfim, país localizado no oeste da África, deverá aproveitar sua condição de maior produtor de cacau do mundo e se transformar em líder também no processamento da amêndoa, superando a Holanda.
Com um incremento da ordem de 10% em relação à safra 2012/13, a moagem marfinense alcançou 520 mil toneladas em 2013/14 e ficou apenas 10 mil a menos que o volume processado no país europeu, que encabeçou o ranking, de acordo com dados que constam no mais recente relatório trimestral da Organização Internacional do Cacau (ICCO).
Com uma nova unidade de processamento inaugurada pela Olam em San Pedro, região que abriga uma das principais áreas portuárias de escoamento de cacau da Costa do Marfim, o país deverá assumir a ponta na moagem já na temporada 2014/15, segundo projeções da ICCO. No passado, o cacau era todo embarcado dos países produtores, boa maior deles localizados na África Ocidental, para processamento sobretudo na Europa. Mas os esforços dos governos africanos – e também de países produtores asiáticos – para agregar valor deslocaram esse eixo. Para os exportadores, processar a commodity antes de embarcá-la também reduz custos, graças ao menor peso e à redução do nível de desperdício. “Há uma tendência de aumento do processamento na origem”, reforça Jonathan Parkman, diretor adjunto de agricultura da corretora de commodities Marex Spectron. O processamento de cacau nos países produtores aumentou quase 6% na temporada 2013/14, elevando sua fatia no volume total mundial para quase 45%, conforme a ICCO.
A África registrou o maior avanço no ciclo – de mais de 8%, para 860 mil toneladas. Na Ásia, a Indonésia superou a Malásia e se transformou no maior país processador da amêndoa da região, depois de um incremento de 21%, para 322 mil toneladas. Os dados da ICCO também refletem o impacto dos preços mais elevados, que impulsionaram a produção global de cacau na safra 2013/14 ao recorde de 4,365 milhões de toneladas. O recorde anterior, de 4,309 milhões de toneladas, era de 2010/11. O atual valor dos contratos futuros com vencimento em março negociados na bolsa de Londres, de 1.905 libras por tonelada, é 34% superior ao de dois anos atrás e representa alta de 14% desde o começo de 2014.
O principal aumento da produção da amêndoa é verificado na África – mais de 12%, para 3,185 milhões de toneladas, graças ao clima mais favorável e ao maior uso maior de insumos como fertilizantes. Um crescimento de 3,4% no processamento, para 4,268 milhões de toneladas, significa que o mercado mundial terá um excesso de oferta de 53 mil toneladas em 2013/14, ante um déficit calculado em 222 mil toneladas na temporada anterior. As chuvas abundantes permitiram à Costa do Marfim aumentar sua produção em 20%, para 1,741 milhão de toneladas, enquanto a produção de Gana, país também localizado no oeste da África, aumentou 7,4% e alcançou quase 897 mil toneladas. Fonte: Valor
No MERCADO DO CACAU
http://www.mercadodocacau.com/noticia/27028/moagem-de-cacau-avanca-em-paises-que-lideram-producao.html
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
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Governo Federal investe no fortalecimento da produção extrativista
Mais extrativistas de todo o Brasil poderão contar com a Política de Garantia de Preços Mínimos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio). Isso porque o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) repassou à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), responsável por operacionalizar a ação, R$ 350 mil para ampliar atividades de capacitação, levantamento de preços e, ainda, incluir novos produtos no programa.
O repasse tem o objetivo de fortalecer a política, que é importante para a promoção da sustentabilidade ambiental. “A PGPM-Bio é um instrumento que permite a valorização dos recursos florestais, além de contribuir para a conservação, preservação e uso sustentável da floresta. Ela também é uma ação que garante renda nas comunidades extrativistas”, salienta o coordenador de Comercialização do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Igor Teixeira.
Atualmente, 15 produtos da sociobiodiversidade recebem o bônus, entre eles o baru, o açaí, o pequi e o pinhão. Caso os produtores vendam por um valor inferior ao preço mínimo estipulado, a Conab paga a diferença na forma de subvenção. O coordenador explica que a medida reduz os riscos da atividade. “Para que esse extrativista não tenha prejuízos, ele é beneficiado com o recurso de subvenção, que é a diferença entre o valor em nota fiscal recebido pela venda do produto e o preço mínimo estabelecido”.
Painéis
Governo quer vacinar 150 milhões de cabeças de gado contra febre aftosa
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento dá início neste sábado (1°) à segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa. A primeira ocorreu no semestre passado, e atingiu 97,55% do rebanho de bovinos e bubalinos no país. No final de 2013, o rebanho somava 212,4 milhões de cabeças. A vacinação é feita pelas superintendências federais do ministério em parceria com os serviços veterinários estaduais.
Neste semestre a meta é vacinar 150 milhões de cabeças. Os estados promovem a vacinação de acordo com um cronograma. Em alguns deles, a imunização não abrangerá todo o rebanho. É o caso de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais; do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Tocantins, de Sergipe e do Distrito Federal, onde só será vacinado o gado com menos de 24 meses.
Segundo o Ministério da Agricultura, os animais jovens são mais suscetíveis à doença por terem recebido menos vacinas do que os mais velhos. Por isso, são vacinados duas vezes ao ano em períodos destinados especificamente a eles. Os estados se revezam para garantir a imunização.
Nos demais estados, a imunização será geral. A fase que começa neste sábado abrange a maior parte do território nacional. As exceções são Roraima, Rondônia e o Amapá, que iniciaram a campanha em outubro e dão continuidade ao processo. No Amapá, onde algumas localidades são de difícil acesso, só há uma vacinação anual. Santa Catarina, único estado brasileiro reconhecido como livre de aftosa, não integra o calendário de vacinação. (Fonte: Agência Brasil/AmbienteBrasil)
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
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Política de preço mínimo é opção para amenizar a crise do setor da borracha
De acordo com Adonias Castro, com o aumento da oferta da borracha no mercado internacional, o preço do produto classificado como TSR 20 (Thailand Standard Rubber – tipo 20), que alcançou US $ 6.000,00/tonelada em 2010 reduziu para US$ 1.600,00/tonelada no mês de outubro de 2014, representando uma diminuição de 73 %.
No mercado interno, o produto classificado como GEB 10 (Granulado Escuro Brasileiro tipo 10), que é adquirido pelas indústrias de pneumáticos junto às usinas de processamento, valia em fevereiro deste ano R$ 6.840,00/tonelada, enquanto agora está custando 4.031,00/tonelada, representando uma queda de 41 % só em 2,014.
O preço pago ao produtor está girando entre R$ 1,40 e R$ 1,60 por kg de coágulo de campo com DRC 57 % (DRC: dry rubber content – conteúdo de borracha seca). Tal situação inviabilizou a exploração da seringueira, uma vez que este valor não paga o custo de produção, levando ao desemprego em massa as regiões produtoras da Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Espírito Santo e demais estados produtores.
Preço mínimo
CACAU
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Pescar terra adentro
Maurício Antônio Lopes
Presidente da Embrapa
Espalhe: investir em aquicultura, ou criação de peixes em fazendas, gera renda, desenvolvimento social, segurança alimentar e fortalece as exportações. Isso ainda é mais verdadeiro no Brasil, que possui em torno de 12% das reservas de água doce do planeta e ocupa posição de liderança na produção de grãos, indústria cujos subprodutos podem servir como matéria-prima abundante para alimentar peixes.
O potencial aquícola verde-amarelo é evidente e já chamou a atenção do mundo. O banco holandês Rabobank, grande financiador do setor agropecuário mundial, apontou o nosso país como futura potência da aquicultura.
No Brasil já produzimos 640 mil toneladas de peixe em cativeiro. Quem visita os mercados de pescado no Ceará, por exemplo, pode escolher, à beira-mar, entre o camarão capturado no oceano ou aquele criado em fazendas.
O crescimento do mercado para os peixes e camarões criados em tanques tem razões sólidas. Para quem vende, uma vantagem da criação é a constância da oferta. A produção do mar, extrativa, oscila com o clima e com a intensidade da pesca. Para quem compra, o camarão criado em tanques pode custar metade do preço daquele que é pescado.
A aquicultura, no Brasil, é um negócio de R$ 5 bilhões, mobiliza800 mil profissionais e envolve 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos. Entre 2000 e 2009, o consumo anual de peixes de cada brasileiro aumentou 30% e o de carne bovina apenas 10%. Aos poucos, a criação de peixes e de outros organismos da água vem tomando espaço da pesca. Quase a metade dos peixes consumidos no mundo já não vem desta atividade extrativa. O cultivo de peixes e assemelhados, de água doce e salgada, perfaz mais de 43% de toda a produção de pescado no Brasil.
Ceplac faz doações de animais para entidades filantrópicas
A fim de reduzir o plantel de bovinos na área de pastagens da Granja da Ceplac, foi realizada, na quinta-feira (17), uma doação de 82 para diversas entidades filantrópicas de Ilhéus e Itabuna e para o Instituto Federal Baiano em Uruçuca (antiga Emarc). Ao todo foram 11 instituições beneficiadas (veja lista no final da matéria e foto em anexo).
Os animais foram doados após o devido processo legal, assessorado pelo Núcleo Jurídico da Ceplac, por ordem da Superintendência regional do órgão na Bahia. O superintendente Juvenal Maynart afirma que a ação, amparada em bases legais, é motivo de felicidade pessoal.
“Por mais que houvesse a necessidade de descarte desse plantel, o que deveria, primeiro, ser feito por meio de leilão, essa solução, a doação para entidades filantrópicas, entra para o balanço social da Ceplac. Em vez de sacrificar os animais para liberar espaço, a possibilidade de ajudar a alimentar quem necessita parece ser a ação mais adequada a um órgão de governo que sempre contribuiu com as causas sociais da região”, observa Maynart.
Segundo o chefe do Centro de Extensão (Cenex) da Ceplac, Sérgio Murilo, a doação foi necessária porque a área de pastagem da granja já não dava conta da superpopulação de gado. Foram feitas algumas tentativas de venda em leilão, sem suceso, devido a problemas conjunturais. Um deles foi a seca nas regiões produtoras de gado, o que aumentou a oferta no mercado e baixou os preços, melhorando também as condições de prazos de pagamento para os compradores.
“Como nosso gado tem um valor mínimo para comercialização e o pagamento deve ser imediato, não obtivemos sucesso nesses leilões. Assim, o problema da superlotação aumentou e tivemos que tomar essa atitude”, afirma Sérgio Murilo.
Bênção
Dia Internacional do Cacau vai discutir Decreto da Cabruca e Parque Tecnológico
No próximo dia 27, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) vai comemorar o Dia Internacional do Cacau. O evento será realizado no Auditório da Ceplac, no quilômetro 22 da rodovia Ilhéus/Itabuna, com o tema Cacau Cabruca: Modernização com Sustentabilidade. A ocasião, comemorada por todos os países produtores, ocorre a cada primeiro domingo de junho. Mas esse ano a festividade no Brasil foi adiada para que pudesse celebrar o maior avanço da cacauicultura baiana nos últimos tempos: o decreto 15.180, de 2 de junho de 2014.
O Decreto da Cabruca, como ficou marcado, será objeto de discussão em uma das palestras do dia (Decreto Ambiental – Manejo do Cacau Cabruca), a ser proferida pelo secretário do Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler. O outro tema, com igual importância estratégica para a cacauicultura regional, debatido em palestra da secretária da Ciência e Tecnologia da Bahia, Andréa Mendonça, será o Parque Tecnológico do Sul da Bahia, com a palestra “A inovação e o cacau”.